xposição “Fafe dos “brasileiros”: heranças e memórias”
A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) inaugura no dia 23 de outubro, às 15 horas, a exposição “Fafe dos “brasileiros”: heranças e memórias”. Aberta até 19 de janeiro, a mostra é uma realização da Fundação Casa de Rui Barbosa, do Ministério da Cultura, do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense e do município de Fafe. O público poderá visitar de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no hall do edifício-sede da FCRB. A entrada é franca.
Também no dia 23 de outubro, a partir das 10 horas, será realizado, na sala de cursos da FCRB, o seminário “Brasileiro” de Torna-Viagem e a Construção da Luso-Brasilidade nos Oitocentos. Composto por palestra e mesa-redonda, o evento terá a participação de pesquisadores/professores portugueses e brasileiros.
:: Sobre a exposição:
As migrações, entendidas como transferência populacional, perpassam à história da humanidade. No caso luso-brasileiro, a e/imigração marcou as identidades dos dois países, seja como colonizadores, emigrantes, “brasileiros” de torna-viagem, e perdura como alternativa privilegiada de migração entre suas populações. No fluxo da imigração, merece atenção a figura do “brasileiro” de torna-viagem, o imigrante português que retornou a Portugal durante o século XIX e começo do século XX, que construiu, em seu percurso, um intercâmbio de pessoas, mercadorias e ideias.
Essa exposição apresenta a trajetória de um “brasileiro” de torna-viagem, o comendador Albino de Oliveira Guimarães (1833-1904), e sua cidade, Fafe (região norte de Portugal), para onde retornou depois de ter promovido profunda reforma, enquanto proprietário, de chácara em Botafogo que, anos depois, se tornaria o Museu Casa de Rui Barbosa. Também retrata o legado dos “brasileiros” de Fafe, o espírito empreendedor dos emigrantes “retornados”.
Os seis painéis abordam temas como “heranças e memórias”, “um “brasileiro” de torna-viagem”, “a renovação de Fafe”, entre outros. As duas vitrines são compostas por itens da família de Oliveira Guimarães, mantidos pela bisneta Maria Luiza Campos de Carvalho. O acervo é formado por cartas, cartões e fotografias, documentos que testemunham a comunicação entre parentes e amigos, buscando superar as distâncias e as saudades. São documentos e objetos pessoais que trazem as marcas da emigração e da vida privada da virada do século XIX e XX, nos dois lados do Atlântico.