Cronologia (1849-1889)
Publicado em
24/05/2021 16h21
Atualizado em
04/05/2022 18h43
Os fatos principais relacionados à vida de Rui Barbosa estão registrados nesta cronologia, organizada para publicação no Jornal de Letras (1º caderno, agosto 1980, p. 4-5) por Rejane M. Moreira de A. Magalhães, pesquisadora da FCRB, e autora de Rui Barbosa: cronologia da vida e da obra.
Nesta página estão assinalados os acontecimentos de 1849 a 1889.
1849
- 5 de novembro - Nasce Rui Barbosa na então Rua dos Capitães (que depois passou a ter o seu nome), Freguesia da Sé, cidade do Salvador, Bahia. Filho de João José e Maria Adélia Barbosa de Oliveira.
1854
- Inicia os estudos com o Professor Antônio Gentil Ibirapitanga, seguidor do método português de Antônio Feliciano de Castilho.
1861
- Ingressa no Ginásio Baiano, do Dr. Abílio César Borges, depois Barão de Macaúbas.
1865
- 26 de novembro - Profere seu primeiro discurso na solenidade de distribuição de prêmios no Ginásio Baiano, ocasião em que recebe uma medalha de ouro, colocada em seu peito pelo Arcebispo Primaz da Bahia.
- Estuda alemão, por decisão do pai, até atingir a idade mínima permitida para ingresso nos cursos superiores.
1866
- Matricula-se na Faculdade de Direito do Recife.
- Mora inicialmente no Mosteiro de São Bento (Olinda), mudando-se pouco depois para uma pensão inglesa no Recife, onde aproveita para praticar o inglês.
- Toma parte em associações acadêmicas abolicionistas.
1867
- 16 de junho - Morre sua mãe.
1868
- Transfere-se para a Faculdade de Direito de São Paulo. São seus contemporâneos: Joaquim Nabuco, Castro Alves, Rodrigues Alves, Afonso Pena e o futuro Barão do Rio Branco.
- Estréia na imprensa, colaborando em O Ipiranga, O Independência e Imprensa Acadêmica.
- 13 de agosto - Pronuncia seu primeiro discurso político, saudando José Bonifácio, o Moço.
1869
- Funda em São Paulo, com Luís Gama, Bernardino Pamplona, Benedito Ottoni e Américo de Moura, O Radical Paulistano.
- 12 de setembro - Pronuncia uma conferência abolicionista, "O elemento servil".
1870
- 28 de outubro - Recebe o grau de Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo.
1872
- Inicia-se na advocacia (na Bahia), ao lado do conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas e Pedro Leão Veloso (pai).
- Estréia no júri.
- Passa a colaborar no Diário da Bahia, onde permanece até 1878.
1873
- Viaja à Europa, para tratamento de saúde, lá permanecendo durante quatro meses.
- Faz campanhas a favor da liberdade religiosa e da reforma eleitoral.
1874
- 2 de agosto - Pronuncia, no Teatro São João (Bahia), uma conferência sobre eleição direta.
- 28 de novembro - Morre seu pai, deixando muitas dívidas, saldadas pelo filho em dez anos de trabalho.
1875
- Faz campanhas a favor dos escravos, e contra o alistamento militar obrigatório.
1876
- 21 de julho - Pronuncia um discurso sobre o conflito entre o Estado e a Igreja, na sede da Loja do Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Rio).
- 23 de novembro - Casa-se com Maria Augusta Viana Bandeira.
1877
- É publicada a tradução de O Papa e o concílio, para a qual escreve um prefácio tão extenso quanto a própria obra.
1878
- É eleito Deputado à Assembléia Legislativa Provincial da Bahia.
1879
- Deputado à Assembléia Geral Legislativa da Corte.
- 17 de março - Pronuncia um discurso sobre a situação liberal, invocando os grandes mestres do parlamentarismo europeu.
- 16 de abril - Defende o Gabinete Sinimbu contra o ataque de Silveira Martins, então o maior orador parlamentar do País.
1880
- Formula o projeto de eleição direta, conhecido como Lei Saraiva.
1881
- 8 de março - Nomeado membro do conselho Superior de Instrução Pública.
- Aos dez anos da morte de Castro Alves, escreve "O elogio do poeta".
1882
- Como relator da Comissão de Instrução Pública, elabora o projeto de reforma do ensino. Apresenta o parecer sobre o Ensino Secundário e Superior.
- 23 de novembro - Pronuncia, no Liceu de Artes e Ofícios, o discurso "O desenho e a arte industrial", no qual defende a idéia de que a base da industrialização está no aprendizado do desenho no ensino técnico.
1883
- Elabora o projeto e apresenta o parecer sobre o Ensino Primário, onde se revela precursor da educação física, do ensino musical, do ensino do desenho e dos trabalhos manuais.
1884
- 31 de maio - Recebe do imperador o título de conselheiro, pelos serviços ao ensino.
- Redige parecer e projeto de lei sobre a emancipação dos escravos (Lei dos Sexagenários).
- Dezembro - Perde a reeleição para a Câmara do Império.
1885
- Pronuncia uma série de conferências abolicionistas.
1886
- É publicada a tradução e adaptação da obra didática Lições de coisas, de Norman A. Calkins.
- Na sessão cívica, no Teatro São José, em São Paulo, pronuncia um discurso em homenagem à memória de José Bonifácio, o Moço.
1887
- Redige, a pedido do Conselheiro Dantas, o Manifesto dos Generais (questão Militar).
- Prossegue a campanha abolicionista.
1888
- 29 de abril - Pronuncia, no Teatro São João (Bahia), o discurso "Aos abolicionistas baianos".
- 13 de maio - É assinada a Lei Áurea.
1889
- Como redator-chefe do Diário de Notícias, escreve uma série de artigos, vários deles defendendo a federação, os quais posteriormente são reunidos em livro, sob o título Queda do Império.
- 9 de junho - Recusa a Pasta do Império, no Gabinete Ouro Preto, por não figurar no seu programa o princípio federativo.
- 9 de novembro - No artigo "O plano contra a pátria", prega a necessidade da revolução.
- 11 de novembro - Reúne-se com os conspiradores em casa de Deodoro.
- 15 de novembro - É proclamada a República. Instala-se o Governo Provisório. Rui é nomeado Ministro da Fazenda e, interinamente, da Justiça. Redige os primeiros decretos da República.
- 31 de dezembro - É nomeado o Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório.
Veja também
Cronologia (1890-1923)