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Ministro Rui Costa assina memorando que deve impulsionar relação comercial entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos
- Foto: Ricardo Stuckert/PR
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, assinou, neste domingo (17), no Rio de Janeiro, com o ministro de Investimentos dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Hassan Alsuwaidi, um Memorando de Entendimento que prevê o estabelecimento de mecanismo conjunto para promover a atração de investimentos dos EAU em setores estratégicos da economia brasileira.
A assinatura ocorreu durante agenda bilateral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi, Sheikh Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan - chefe da delegação dos Emirados Árabes à Cúpula do G20. O ato representa mais ação no sentido de fortalecer as relações diplomáticas entre os dois países, que, neste ano, completam 50 anos de seu estabelecimento.
Essa formalização de parceria ocorre após uma comitiva de alto nível do governo brasileiro chefiada pelo ministro Rui Costa realizar missão a Dubai e Abu Dhabi, no mês de outubro, durante a qual foram mantidas diversas tratativas e consultas junto a autoridades do governo emirático com o objetivo de identificar áreas e projetos prioritários para fomentar investimentos no Brasil.
Portfólio de investimentos
O ministro Rui Costa destacou que no prazo máximo de dois meses será fechada uma carteira de projetos com oportunidades de investimentos. “Os Emirados Árabes tomaram a decisão de fazer fortes investimentos no Brasil e nós, portanto, formamos um grupo para, num prazo máximo de 60 dias, ter um portfólio de investimentos e de participação mútua de empresas brasileiras que possam ter presença nos Emirados, assim como fundos de investimentos que desejam investir no Brasil e querem identificar esses projetos rapidamente para eles aportarem recursos”, destacou.
Espera-se que a partir desse mecanismo, as relações econômicas entre os dois países, que já são caracterizadas por elevado nível de investimentos recíprocos e significativos fluxos comerciais (os EAU são o segundo principal parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio, tendo a corrente de comércio em 2023 ultrapassado US$ 4,3 bilhões), ganhem novo impulso nos próximos anos, levando em consideração os diversos eixos de sinergia potencial nos setores financeiro, comercial e de investimentos a serem explorados mutuamente.
Por parte do governo brasileiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ajudará no levantamento das propostas. “Nós teremos como parceria o BNDES para nos ajudar a apontar esses investimentos, identificando, nos 27 estados brasileiros, investimentos possíveis, de curto prazo, para que eles [EAU] possam identificar, legitimar e converter isso em entrada de recursos no Brasil. E isso significa mais emprego, mais renda e um PIB maior que melhora a vida dos brasileiros”, destacou.