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Governo Federal decide implantar escritório de monitoramento no Rio Grande do Sul
O socorro à população do Rio Grande do Sul terá reforços do Governo Federal a partir da instalação de um escritório de monitoramento no estado já nesta segunda-feira (6). A decisão foi anunciada na manhã desta sexta-feira (3) durante a segunda reunião da Sala de Situação instalada em Brasília.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, embarcam novamente para o estado nesse sábado (4), quando devem iniciar a montagem do novo espaço, que atuará em sintonia com a coordenação do comandante militar do Sul, General Hertz Pires do Nascimento.
“Nosso acompanhamento será ampliado, com esta unidade em funcionamento. O Governo do presidente Lula está mobilizado e não mediremos esforços para salvar vidas. Faremos ainda contato direto com os prefeitos, com Articulação da Secretaria de Relações Institucionais, porque além do diagnóstico estadual, queremos estar ao lado de cada município que sofre, já são mais de 230 municípios afetados”, afirmou o ministro Rui Costa.
A Sala de Situação em Brasília estará mobilizada durante os próximos dias para seguir o trabalho e traçar novas estratégias. Salvar vidas é a determinação de primeira ordem, por isso, a próxima reunião já está convocada para este sábado, às 14 h. São 17 ministérios envolvidos no socorro ao Rio Grande do Sul, além de órgãos como Polícia Rodoviária Federal (PRF), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Departamento Nacional de Transito (Dnit) e Forças Armadas.
A agenda desta sexta na Sala de Situação permitiu a atualização de informações e novas decisões, a exemplo da definição de dois boletins federais diários para detalhar a situação e o trabalho empenhado por todas as equipes do Governo Federal. “Nós teremos dois relatórios diários, para o aferimento das informações. Para termos uma informação mais perto da realidade é fundamental que os municípios e o Estado sejam os avalistas. Nós vamos estar em contato presencial com os prefeitos, porque ontem nós não conseguimos falar com eles diretamente e isso dificulta a perícia das informações”, disse o ministro Waldéz.
Atuação das Forças Armadas
Neste momento, seis aeronaves das Forças Armadas estão em pleno trabalho de resgate. A depender do clima, conforme o representante da Aeronáutica, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, mais 11 aeronaves chegarão ao estado. A previsão é que parte delas pousem no Rio Grande do Sul ainda hoje. O almirante ainda informou ainda que a Força Aérea do Uruguai ofereceu uma aeronave em apoio. Para além das aeronaves, as Forças Armadas informam que 936 militares estão atuando no salvamento de vítimas com 81 viaturas e 76 embarcações. Um Hospital de Campanha deve ser montado no município de Estrela.
Outro destaque são as medidas da PRF, que já possui 75 agentes em atuação, e mais sete especialistas em resgate estão em deslocamento para o estado. Três aeronaves da PRF estão mobilizadas, sendo que uma já se encontra em Porto Alegre, e 20 viaturas atuam no suporte.
Deslocamento comprometido
Muitos municípios estão ilhados e equipes do Departamento Nacional de Trânsito (DNIT) e empresas contratadas atuam para viabilizar acessos. São mais de 300 pessoas nesta frente de trabalho. O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou um raio-x da situação das rodovias federias: “Temos 53 pontos de interdição, sendo 40 com interdição total. Por segurança, determinamos ainda o fechamento das pontes do Guaíba. O nivel do rio já está a 4,6 metros acima do nível normal. Apenas o tráfego de ambulâncias e veículos de resgate serão permitidos, excepcionalmente ”, assinalou Renan.
Centralização
O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, destacou a necessidade de centralização das ações. “Temos várias frentes de atuação ao mesmo tempo, mas nesse momento, a centralidade do nosso trabalho envolve resgate de vítimas, resgate de pessoas isoladas e a desobstrução de rodovias, para reestabelecer minimamente o fluxo de funcionamento e o trabalho de apoio às pessoas desalojadas”.
Conforme Pimenta, a coordenação dos trabalhos em Brasília e em Porto Alegre, com a implantação do escritório de monitoramento permitirá a coordenação das ações federais em todas as dimensões necessárias. “Não vamos parar até que seja restabelecida a normalidade. Estaremos junto ao trabalho de resgaste e o apoio às pessoas que estão em abrigos, essa é a prioridade do Governo Federal”.
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