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Governo Federal intensifica ações para garantir segurança alimentar aos yanomami
Henrique Raynal | CC
O Governo Federal prepara uma nova etapa contra a fome e a desnutrição na Terra Indígena Yanomami. Nesta quarta-feira (24), seis ministérios e três órgãos trabalharam juntos na definição de novas ações que darão plena autonomia aos indígenas no resgate de roçados, da produção, e levarão alternativas para assegurar o pescado, entre outros alimentos, devolvendo aos yanomami a autonomia alimentar.
Ainda ocorre na TIY a distribuição emergencial de cestas básicas. Desde o início de 2023, quando a crise humanitária veio à tona, o Governo Federal entregou aos indígenas 74 mil cestas de alimentos. “Seguimos com a distribuição através de um contrato emergencial. Em paralelo, estamos construindo políticas que darão aos indígenas as condições necessárias para que eles recuperem sua autonomia alimentar, algo muito esperado por eles”, explicou a secretária adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Débora Beserra.
As principais medidas estão a cargo da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Além de inovações, o planejamento interministerial ampliará iniciativas em curso, a exemplo da entrega de mais de três mil kits de ferramenta agrícola e de pesca, e de 184 equipamentos para casas de farinha. “Os yanomami precisam de apoio para que voltem a exercer sua soberania alimentar”, complementou a secretária.
A gestora explicou ainda que o governo fará a formação de agentes para a assistência técnica necessária àquela realidade tão ímpar. A entrega de sementes e a pesca artesanal também compõem a gama de ações. O recurso para que as políticas públicas sejam efetivadas em 2024 está contemplado na liberação de crédito extra de R$1 bilhão, como prevê medida provisória editada pelo presidente Lula em março.
No decorrer da oficina, 30 servidores federais que atuarão na consolidação deste processo conheceram os detalhes do que cada órgão está construindo. Equipes que atuam na Terra Indígena também vieram a Brasília, na oficina desta quarta, para compartilhar a vivência no atendimento aos yanomami. A determinação do governo é que a crise imposta a este povo seja superada, resgatando seus costumes, modo de vida, sua cultura e tradições. A Terra Yanomami é a maior terra indígena do Brasil, acredita-se que também seja a maior existente no mundo, abriga 27 mil indígenas, que possuem culturas distintas, estão distribuídos pelo território e falam seis línguas yanomami diferentes.
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