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Casa Civil e Secretaria Geral dialogam com rede da Igreja Católica sobre a Amazônia Legal
- Foto: Henrique Raynal | CC
As ações do Governo Federal e da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) no território amazônico estão em convergência e um alinhamento entre as partes deve ser estabelecido ao longo dos próximos meses. Foi o que ficou acordado em reunião nesta quinta-feira (23), no Palácio do Planalto, entre o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, a secretaria-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, que na oportunidade representou o ministro Rui Costa, e a direção da REPAM, representada pelo seu presidente, Dom Evaristo Spengler, e outros três bispos.
Dom Evaristo relatou que as comunidades do território foram ouvidas em encontros que somaram mais de 87 mil pessoas, durante dois meses. “As comunidades estão enfrentando uma forte seca, falta de água potável, isolamento. Por essa preocupação, estamos abrindo o diálogo com o governo e contamos com esse apoio”, afirmou.
Em concordância e em resposta, a secretária Miriam Belchior apresentou frentes de trabalho do governo na região, como a queda do desmatamento, a desintrusão em territórios indígenas, o apoio aos pescadores por causa da seca e outras medidas. “Temos uma agenda comum e podemos atuar em parceria. O presidente Lula tem ecoado a voz da Amazônia, suas necessidades, desafios. Isso é uma prioridade do nosso governo e levaremos a Amazônia para fóruns mundiais”, pontuou Belchior.
O ministro Márcio Macedo sugeriu que a pauta siga de modo transversal no governo e que as respostas sejam dadas ponto a ponto às demandas apresentadas pela REPAM. “Vamos estudar a pauta entregue por vocês e a Secretaria de Diálogo vai fazer uma conexão com demais ministérios para que a gente volte a se reunir”, encaminhou. Ele lembrou que o Brasil assumirá no mês de dezembro a presidência do G-20, o principal fórum de cooperação econômico internacional, e adiantou que o viés de trabalho será social, ambiental, e em defesa dos que mais precisam. A proteção da Amazônia e de suas comunidades está na prioridade do presidente Lula, conforme relatou o ministro.
Desde 2014, a REPAM atua em defesa da Amazônia, formada pelos nove países que formam a Pan-Amazônia, uma região com 7,8 milhões de quilômetros quadrados onde vivem 33 milhões de habitantes, incluindo 1,5 milhão de indígenas de 385 povos.