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Em reunião com ministro da Casa Civil, investidores franceses sinalizam interesse em investimentos do Novo PAC
Foto: Henrique Raynal | CC
Para conhecer detalhadamente as áreas de potenciais parcerias no âmbito do Novo PAC, investidores franceses nomeados Conselheiros de Comércio Externo da França no Brasil e o embaixador francês Emmanuel Lenain convidaram o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para participar da reunião anual do Conselho.
Nesta sexta-feira (8), o ministro foi à embaixada da França no Brasil, em Brasília, apresentar o Novo PAC. O secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marcus Cavalcanti, acompanhou o ministro na agenda. Durante a apresentação, Costa falou sobre a produção de hidrogênio no Brasil, assinalando que a atividade não será subsidiada. “Não podemos permitir que o consumidor brasileiro subsidie produção para a exportação”, destacou.
O plano de desenvolvimento econômico e social estruturado pelo governo brasileiro prevê R$1,7 trilhão em investimento e deve captar grande parte destes recursos em parceria com o setor privado. “O Brasil está aberto e quer promover novas parcerias. Temos um interesse em especial para a área de energia. Muitos projetos já estão em andamento e teremos novos leilões”.
Para o ministro, esta oportunidade de expansão da energia no Brasil vai ser acelerada ainda mais. “Produtores de placas para energia solar estão vindo para o Brasil, a capilaridade está em expansão”.
Outro campo salientado foi a aérea de aviação. Rui informou que o Brasil quer ampliar o número de voos, de empresas aéreas em operação e abriu também essa possibilidade de negócios.
Um pedido dos conselheiros é que o governo proporcione ampla segurança jurídica para que o investimento seja aplicado. A área de infraestrutura foi apontada como destaque. O ministro Rui Costa informou que o governo do presidente Lula preza pela ampla segurança dos negócios. “Neste exato momento, estamos revisando nossas leis. Está no Congresso a lei de PPPs, de debêntures, por exemplo. Além das mais de cem medidas institucionais que compõem o Novo PAC”, afirmou.
Do ponto de vista ambiental, os conselheiros destacaram que a França tem se preocupado em promover esta agenda. E, seguindo a mesma linha de raciocínio, o ministro informou que novas licitações, projetos estão sendo estudados a fundo. “O PAC tem a sustentabilidade como princípio”, garantiu Costa.
Em apenas quatro meses de lançamento, o Novo PAC já está presente no cenário internacional como a nova oportunidade de se investir no Brasil. Além da França, países europeus e árabes já buscaram mais detalhes sobre os projetos e todo o corpo diplomático no Brasil tem em mãos a apresentação geral sobre os principais destaques do programa – área de energia, infraestrutura e saúde.
Comitê
O Comitê Brasil de Conselheiros de Comércio Externo da França (CCEF) é composto por executivos de empresas francesas com vasta experiência internacional e conhecimento dos mercados dos países onde residem. Entre os membros estão, por exemplo, o presidente do Carrefour, Stéphane Maquaire, o diretor de relações institucionais da Vinci AirPorts, Thierry Besse, a diretora executiva do Pasteur, Paola Minoprio, e o diretor geral da Tereos Açúcar Energia Brasil, Pierre Santoul.