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Saiba quais são as vacinas indicadas para gestantes
Com a vacinação, os anticorpos da mulher são transferidos para a criança - Foto: Agência Brasil/EBC
Com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico da gestante e proteger a saúde do bebê, o Sistema Único de Saúde (SUS) recomenda exames durante o pré-natal, além de diversas vacinas. Com a imunização, os anticorpos da mulher são transferidos para a criança pela placenta e, após o nascimento, por meio da amamentação. Pensando numa forma simples de fazer este controle, o SUS disponibiliza Caderneta da Gestante.
A Caderneta da Gestante, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), traz informações sobre vacinação durante a gestação, testes rápidos e exames para a detecção de alterações, cuidados necessários, orientações sobre o parto, direitos da gestante, dicas, pré-natal do pai/parceiro, entre outras importantes referências.
Vacinas indicadas para a gestante e disponíveis no SUS
- Vacina dupla adulto (dT) - protege a gestante e o bebê contra o tétano e a difteria;
- Vacina dTpa - a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) está recomendada em todas as gestações, pois além de proteger a gestante e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis (coqueluche) ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos maternos ao feto, protegendo-o nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado com a vacina penta. A vacina dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, é importante administrar uma dose de dTpa no puerpério, o mais precocemente possível;
- Vacina hepatite B - para gestantes em qualquer idade gestacional, é importante administrar 3 doses (0, 1 e 6 meses) da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior. Caso não seja possível completar o esquema vacinal durante a gestação, a mulher deverá concluir após o parto, oportunamente. Caso tenha ocorrido interrupção após a primeira dose, a segunda dose deverá ser administrada assim que for possível e deve-se programar a terceira dose para 6 meses após a primeira, mantendo o intervalo de pelo menos 8 semanas entre a segunda e a terceira dose. A dose final do esquema de vacinação deverá ser administrada pelo menos 8 semanas após a segunda dose e pelo menos 16 semanas após a primeira dose para que o esquema seja considerado válido. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose deve ser de 4 semanas. A hepatite B é uma doença causada por vírus e que pode ser transmitida da mulher para o bebê durante a gravidez, no momento do parto ou, até mesmo, durante a amamentação, se houver ingestão de pequenas quantidades de sangue pela criança, em casos de fissuras nos mamilos da mãe. Ao longo da gestação, esta infecção aumenta o risco de parto prematuro. Importante: hepatite B não é contraindicação para amamentação. Em caso de fissuras no mamilo, há recomendação de suspensão da amamentação na mama afetada até que as lesões melhorem. A mulher pode oferecer a outra mama e fazer extração manual na mama afetada para manter produção de leite;
- Vacina influenza (gripe) - é recomendado administrar a vacina contra a gripe em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres (até 42 dias após o parto), durante a campanha anual de vacinação. A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gravidez. Durante a gestação, as chances de sintomas graves e complicações são maiores, resultando em alto índice de hospitalização.
- Vacina Covid-19 - protege a mulher contra o vírus causador da Covid-19. É recomendada a aplicação dessa vacina em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto).
Todas as vacinas apontadas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde.
Com informações do Ministério da Saúde