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Covid-19
Casa Civil e Ministério da Saúde dialogam sobre Ômicron
O Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, coordenado pela Casa Civil, se reuniu nesta segunda-feira - Foto: Ascom/Casa Civil
Representantes do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, coordenado pela Casa Civil, se reuniu na manhã desta segunda-feira (31) para discutir as ações de enfrentamento à variante Ômicron no País. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, fez um relato sobre os riscos identificados neste novo contexto da pandemia e assegurou que, mesmo diante do dinamismo da nova variante, a Pasta já está adotando diversas estratégias transversais no intuito de evitar estrangulamentos no sistema público de saúde, aumentar a capacidade de testagem da população, intensificar a comunicação com os estados e municípios e com a própria população, além de garantir a vacinação em todas as suas fases, controlando a doença no território nacional.
Para tanto, ele adiantou que 100 milhões de doses da vacina Pfizer e outras 120 milhões de doses fornecidas pela Fiocruz já estão contratadas para o ano de 2022, com capacidade de aquisição de outras 50 milhões da Pfizer e 60 milhões da Fiocruz, totalizando 330 milhões de doses para o ano de 2022. Segundo Cruz, a campanha vacinal no Brasil tem seguindo um curso superior ao de muitos países, com mais de 407 milhões de doses distribuídas para todo país. Destas, mais de 352 milhões de doses já foram aplicadas, resultando em mais de 150 milhões de brasileiros com esquema vacinal completo. (Leia mais em: https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/ ). “Se pegar a quantidade de doses aplicadas e comparar com a população, percebe-se que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, já vacinaram mais de 100% da população. Foram aplicadas mais doses do que a população residente”, disse o secretário-executivo.
Apoio aos estados e municípios
O secretário Rodrigo Cruz informou que até o momento não foram encaminhados ao Ministério pedidos extras de medicamentos e insumos. Caso sejam feitos, o MS possui um estoque baseado no período de maior demanda em 2021 que pode salvaguardar o estado, o município ou o Distrito Federal, em sua demanda. Diante desta possibilidade, o Ministério tem sido incansável no diálogo com os entes da Federação, alertando-os quanto à importância de anteciparem a aquisição de insumos suficientes ao atendimento nos próximos meses. Anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e outros insumos são de responsabilidade dos estaduais, municipais, do DF e dos próprios hospitais, mas o Ministério da Saúde apoiará os pedidos, desde que atendidos os requisitos da Pasta.
Recursos humanos
Por se caracterizar pela alta transmissibilidade, a Ômicron tem atingindo os profissionais de saúde de forma mais intensa que as demais variantes. Diante disso, o Ministério tem monitorado atentamente os índices de novos casos no setor. Os dados indicam que nenhum óbito provocado pela Ômicron foi detectado até o momento. Ainda assim, considerando a necessidade de proteção dos profissionais e o reforço na mão de obra, o Ministério continua atuando em consonância com a Portaria GM/MS nº 639, de 31 de março de 2020, que contempla as 14 categorias presentes no Sistema Único de Saúde (SUS) com curso de capacitação em relação aos protocolos clínicos para o enfrentamento à Covid-19. Atualmente, 15 mil médicos atuam no âmbito dos programas de provimento do Governo Federal, fortalecendo a atuação das equipes de atenção primária no SUS. Cerca de 3,6 mil Municípios, além de 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) são atendidos com profissionais providos pelo antigo projeto Mais Médicos para o Brasil. “Em 2022, o Novo Programa Médicos pelo Brasil poderá selecionar até mais 5 mil profissionais médicos por meio da ADAPS – Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde, promovendo um novo reforço no sistema”, ressaltou o secretário.
Leitos
Atualmente, o País conta com 15.845 leitos de UTI, porém com capacidade de incremento do sistema com outros 10.824 novos leitos, portanto, há estrutura para a habilitação de 26.668 novos leitos, se necessário.
Medidas de vigilância epidemiológica, prevenção e controle da Ômicron
O esforço do Ministério da Saúde no sentido de impedir a intensificação do número de casos inclui o monitoramento de viajantes procedentes de países com casos confirmados de Ômicron, e, sobretudo, a atenção aos viajantes assintomáticos. Todos têm sido rigorosamente testados. Os procedimentos de investigação epidemiológica englobam ainda a análise de famílias com casos semelhantes da doença; a alteração dos padrões de transmissibilidade e o histórico de casos isolados nas últimas 4 semanas. O objetivo do Ministério é melhorar o nível de rastreamento das variantes.
Saúde Indígena
Para garantir a assistência aos mais de 760 mil indígenas atendidos pelos Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Sasisus) do Governo Federal, foram mantidas 800 equipes multidisciplinares de saúde indígena, compostas por 11.531 profissionais contratados, dentre os quais 9.023 são indígenas atuando como Agente Indígena de Saúde (AIS) e Agente Indígena de Saneamento (Aisan).
Campanha Publicitária para esclarecimento da população
A veiculação da campanha específica sobre a variante Ômicron teve início na primeira quinzena de janeiro de 2022, envolvendo investimentos da ordem de R$ 7,43 milhões. A Campanha da Mega Vacinação tem por objetivo a mobilização nacional para reforçar a importância da população completar o ciclo vacinal, ou seja, tomar as duas doses, bem como a dose de reforço.