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Povo Amondawa amplia as atividades de produção de alimentos em Rondônia
Produção de café indígena / Funai
Com o objetivo de garantir a autonomia e o desenvolvimento sustentável da comunidade, agricultores indígenas do povo Amondawa estão ampliando as atividades produtivas no território Eu Wau Wau, em Rondônia. A produção de café, cacau, mandioca e milho beneficia mais de 30 famílias indígenas.
A área de plantio da mandioca dos Amondawa é de cerca de sete hectares. Com o cultivo, a comunidade produz aproximadamente 200 sacas de farinha de mandioca por mês. A casa de farinha é uma das principais fontes de renda e envolve toda a comunidade, a produção é escoada para os municípios de Ji-Paraná, Ouro Preto, Mirante da Serra, Jaru e Ariquemes. A etnia também se destaca na produção de milho, com a produção de mais de 1,5 mil sacas do produto neste ano.
“Nós da comunidade Amondawa trabalhamos para garantir nosso próprio sustento. Nós vivemos da agricultura. Mesmo com a pandemia, não paramos de produzir, continuamos com a venda de café, milho e farinha de mandioca, e estamos trabalhando no sentido de ampliar nossos estoques e nossas roças, com sustentabilidade”, ressalta o produtor Tambura Amondawa.
Etnodesenvolvimento
Os projetos de etnodesenvolvimento permitem a geração de renda de forma sustentável nas Terras Indígenas e contribuem para a autossuficiência das comunidades. Os povos Paresi, Nambikwara e ManAioki, realizam o cultivo, de maneira autônoma, de soja, feijão e milho. A produção rende em média R$ 20 milhões ao ano, e beneficiam mais de 2 mil famílias.
Outra atividade de destaque é a produção de camarão pela etnia Potiguara, na Paraíba. A carcinicultura familiar indígena em três Terras Indígenas atinge uma produção de aproximadamente 200 toneladas por ano. Essa atividade produtiva gera uma renda média de R$ 900 a R$ 1.500 mensais para aproximadamente 100 famílias da etnia.
Com informações da Fundação Nacional do Índio