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Brasil e Japão assinam acordo de cooperação para o uso de minérios
Alta capacidade tecnológica do Japão deve beneficiar o Brasil na exploração e utilização do nióbio e do grafeno - Foto: Arthur Max/MRE
Nessa sexta-feira (8), foi firmado o Memorando de Cooperação entre os Governos Brasileiro e Japonês no Campo de Tecnologias Relacionadas à Produção e ao Uso de Nióbio e Grafeno. O acordo prevê a atuação conjunta de Brasil e Japão na produção e uso dos derivados de minérios no aprimoramento e elaboração de novas tecnologias.
O memorando foi assinado em cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília, pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi. O ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) foi representado pelo secretário-executivo, Leonidas Medeiros, que assinou o documento com o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Alexandre Vidigal de Oliveira.
De acordo com Medeiros, o acordo é importante devido à alta capacidade tecnológica do Japão, que pode beneficiar o país na exploração das capacidade do nióbio e do grafeno. “Esses materiais são produtos do futuro, que vão alcançar toda a cadeia produtiva dos países, na parte industrial e no uso da tecnologia”, complementa Medeiros.
Também foram firmado acordos de cooperação entre os dois países nas áreas de biodiversidade, desenvolvimento de sensores e plataforma de agricultura de precisão em apoio à agricultura sustentável brasileira e uso tecnologias avançadas de radar de abertura sintética e uso de inteligência artificial para o combate ao desmatamento ilegal.
Minerais estratégicos
Grafeno e Nióbio são utilizados para reforçar outras ligas metálicas e são utilizados como objetos de estudo no aprimoramento de baterias. A expectativa é de que os materiais possam melhorar a capacidade de armazenamento e a eficiência, promovendo o desenvolvimento da indústria e dos produtos.
Buscando incentivar os empreendimentos tecnológicos à base de grafeno, em julho de 2020 foi aberta a chamada pública CNPq/MCTI, destinando aproximadamente R$ 1,5 milhão para apoiar propostas de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação que visem gerar empreendimentos e soluções de base tecnológica com o material.
O nióbio é considerado um mineral estratégico para o País. O Brasil é o maior produtor mundial do material, responsável por aproximadamente 86% da produção, e tem o Japão como um dos principais importadores da liga ferronióbio (9,6% do exportado pelo Brasil).
Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações