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Relatório da OCDE aponta que o Brasil tem perspectiva de crescimento econômico superior a dos países desenvolvidos
Indicador principal composto é uma medida utilizada pela OCDE para capturar a percepção do mercado quanto à capacidade futura de crescimento das economias. - Foto: Banco de imagens
Relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado neste mês, com informações referentes a janeiro, aponta que o Brasil apresenta neste começo de ano uma perspectiva de crescimento econômico superior à média dos 37 países que compõem a OCDE e dos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), que formam o grupo de países mais industrializados do mundo.
De acordo com o Indicador Principal Composto (composite leading indicator - CLI), a avaliação do Brasil chegou, em janeiro de 2021, a 104,2, sendo que 100 representa uma média atribuída pela OCDE para a expansão do crescimento. O indicador médio dos países da OCDE ficou em 99,6, e do G7 atingiu 99,5. O CLI é uma medida utilizada pela Organização para capturar a percepção do mercado quanto à capacidade futura de crescimento das economias.
Fonte: OCDE - https://stats.oecd.org/Index.aspx?DataSetCode=MEI_CLI
Crescimento
Ainda conforme a OCDE, o Brasil manteve o desempenho positivo do fim do ano passado e apresentou em janeiro de 2021, pelo terceiro mês consecutivo, ritmo de crescimento constante em relação à recuperação econômica, sendo destaque entre as economias globais. A projeção feita ao Brasil é a mesma atribuída pela Organização a outros dois países emergentes - China e Índia. A OCDE sinaliza para crescimento estável nos EUA, Japão e países europeus como Alemanha, França e Itália. Já o Reino Unido apresenta desaceleração, segundo a entidade.
Em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção para o crescimento do Brasil em 2021. Para este ano, o relatório Perspectiva Econômica Global, do FMI, prevê crescimento de 3,6% para a economia brasileira, 0,8 ponto percentual a mais do que na edição anterior do relatório.
Covid-19
O impacto fiscal das medidas adotadas pelo Governo Federal no enfrentamento à pandemia somou R$ 620 bilhões até dezembro de 2020. Os valores aportados pelo governo brasileiro, segundo o Ministério da Economia, são superiores à média dos países avançados e incluem R$ 20 bilhões de crédito extraordinário para a aquisição de vacinas. O Governo Federal distribuiu, até o momento, às Secretarias Estaduais de Saúde 13,6 milhões de doses da vacina contra a Covid-19
Para mitigar os efeitos da pandemia, o Governo Federal, entre outras medidas, pagou Auxílio Emergencial para 67,8 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, habilitou 19.517 novos leitos de UTI, distribuiu 345 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e 16.884 ventiladores pulmonares, e preservou 10,9 milhões de empregos, por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Para o apoio a micro, pequenas e médias empresas foram disponibilizados R$ 92 bilhões pelo PEAC (Programa Emergencial de Acesso a Crédito/BNDES) e R$ 48 bilhões pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
Agenda liberal
Nesta semana, o Governo Federal apresentou novos marcos da agenda liberal com a entrega ao Congresso Nacional do texto da Medida Provisória que prevê a capitalização da Eletrobras e do Projeto de Lei de desestatização dos Correios. O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a lei que garante autonomia operacional ao Banco Central.
Acessão
O Brasil é o país não-membro com o maior número de adesões a instrumentos da Organização. Dos 245 instrumentos, o Brasil já aderiu a 99, o equivalente a 40% e aguarda autorização na Organização para adesão a outros 44. A preparação para o processo de acessão é conduzida pelo Conselho Brasil –OCDE, formado pela Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência da República e pelos ministérios das Relações Exteriores e Economia. A Secretaria de Governo da Presidência da República está em processo de inclusão no Conselho. A entrada do Brasil na OCDE permitirá a melhoria do ambiente de negócios, mais investimentos no país e o desenvolvimento sustentável.