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Hospital universitário em Mato Grosso inicia testes de vacina contra Covid-19
A primeira voluntária a receber a dose foi a médica infectologista do HUJM, Giovana Feuser - Foto: Divulgação/Rede Ebserh
Conduzido pelo Instituto Butantan e pelo Hospital Universitário Júlio Müller, vinculado à Rede Ebserh (HUJM-UFMT/Ebserh), o estudo ProfisCOV teve seu início nessa terça-feira (6), em Mato Grosso. O estudo consiste em testagem da vacina identificada como Coronavac (do laboratório Sinovac Life Science). Em Cuiabá devem participar 800 profissionais de saúde voluntários.
Os voluntários para essa fase de avaliação da vacina serão profissionais de saúde que estejam trabalhando na assistência à Covid-19. Incluem médicos, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, dentistas. Desde que tenham registro em conselho de classe (exigência da Anvisa). Idade acima de 18 anos e sem limite superior de idade, desde que esteja atuando na atenção a pacientes com Covid-19.
Serão incluídos profissionais de saúde que nunca tiveram e que já tiveram Covid-19. Isto porque a reinfecção pelo coronavirus é um fato já comprovado, podendo avaliar se a vacina protege tanto para a primeira infecção quanto para a reinfecção. Ao todo, 13 mil profissionais serão testados em todo o Brasil.
A primeira voluntária a receber a dose foi a médica infectologista do HUJM, Giovana Feuser. “Estou muito satisfeita em participar desse processo, tanto na perspectiva da área da Saúde como no exercício da cidadania. Senti-me muito segura com a confiabilidade dos procedimentos, que é referendada pela expertise do Butantan”, prosseguiu.
Metodologia
Cada voluntário receberá duas doses da vacina. A primeira, no dia da inclusão na pesquisa; e a segunda, entre duas a três semanas após. Como será um ensaio randomizado, a probabilidade de receber placebo será de 50%, em relação 1:1, em estudo triplo cego. Nenhum evento adverso grave de relevância foi registrado.
O tempo de seguimento, com ligações telefônicas, envios de mensagens e avaliações clínico-laboratoriais periódicas deverá ser de 12 meses após a vacinação.
Com informações da Ebserh