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Casa Civil promove primeira reunião interministerial de emergência sobre Coronavirus
- Foto: Rafael Carvalho/Casa Civil
A Casa Civil promoveu na manhã desta segunda-feira (3) a primeira reunião do Grupo Executivo Interministerial de Emergência e Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII, conforme decreto 10.211/2020). Ao grupo compete o acompanhamento e articulação de medidas de preparação e de enfrentamento às emergências em saúde pública e fora ativado em decorrência da emergência mundial do novo Coronavirus.
Mais cedo, em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, antecipou que o governo já estuda algumas cidades para viabilizar quarentena de brasileiros trazidos da China. "Desde ontem (2) a embaixada brasileira na China está trabalhando para fazer a identificação das pessoas - brasileiros, ou estrangeiros ou com filhos brasileiros - que desejam retornar ao Brasil", afirmou o ministro. No domingo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu em sua conta no Twitter a repatriação de brasileiros que se encontram em Wuhan/Hubei (China). "O Governo adota todas as medidas necessárias para trazer de volta ao Brasil os seus cidadãos que se encontram na província de Hubei. Serão trazidos em segurança para nós todos os que se encontram naquela região e que manifestarem desejo de retornar", disse o presidente.
No mundo, calcula-se que o Coronavirus já tenha atingido 14.557 pessoas (sendo 14.411 da China). O Brasil, segundo apresentação do ministro Luiz Henrique Mandetta, possui apenas 16 suspeitas de Coronavirus, dos quais 10 casos já foram descartados, pois se tratavam de Influenza A e B. Os casos em investigação são no Ceará (1), São Paulo (8), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (4).
Em coletiva de imprensa após a reunião, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, deu um panorama da situação no Brasil. "Pegamos todos esses fragmentos de legislação sobre quarentena, vamos consolidar e encaminhar uma Medida Provisória para deixar preparada uma legislação mais clara", disse. Ainda segundo Mandetta, "estão sendo envidados esforços junto aos presidentes da Câmara e do Senado para viabilizar e dar celeridade ao tema".
Para o ministro da saúde, a quarentena em estudo se trata de precaução extra do Brasil, com o governo se antecipando e monitorando casos suspeitas. "Não há nenhum caso confirmado no Brasil, mas mesmo assim reconheceremos o estado de emergência que a Opas e a OMS têm alertado. Assim, o País fica mais preparado para quaisquer eventualidades", esclareceu, e finalizou afirmando que "a velocidade com que o vírus tem se espalhado no mundo é bem menor do que a com que se espalhou em Wuhan (China), epicentro da epidemia. Além disso, possui letalidade muito baixa, de apenas 2%, de modo que a necessidade de cuidado maior recai sobre idosos e pessoas com enfermidades respiratórias".
Clique aqui para ler o briefing da situação do novo Coronavirus (atualizado em 3 de fevereiro)