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Leite materno: índices de amamentação crescem no Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
De acordo com resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde, os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil. Ao comparar os dados com inquéritos nacionais anteriores, com base em indicadores de amamentação propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os indicadores melhoraram no Brasil.
Após avaliação de 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foi constatado que mais da metade (53%) das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida. Entre as menores de seis meses o índice de amamentação exclusiva é de 45,7%. Já nas menores de quatro meses, de 60%.
Na comparação com os últimos 34 anos, houve aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses. Em relação ao indicador de aleitamento materno continuado, ou seja, até 24 meses da criança, o aumento registrado foi de 22,7 vezes no primeiro ano de vida e de 23,5 em menores de dois anos, em comparação com os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 1986.
Os benefícios da amamentação extrapolam a relação mãe e filho e beneficiam todo planeta. A amamentação é capaz de reduzir até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos e, a cada ano que a mulher amamenta, o risco de desenvolver câncer de mama reduz em 6%.
Amamentação na pandemia
A recomendação do Ministério da Saúde é que a amamentação continue durante a pandemia. A orientação leva em consideração os benefícios para a saúde da criança e da mulher; a ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite materno; e por não ter recomendação para a suspensão do aleitamento materno na transmissão de outros vírus respiratórios. Nestes casos, a amamentação deve ocorrer desde que a mãe deseje e esteja em condições clínicas adequadas para fazê-lo.
No caso das mães que tenham confirmação ou estejam com suspeita de Covid-19 que não puderem ou não quiserem amamentar, devem ser orientadas por profissionais de saúde a realizarem a extração do leite materno manualmente ou por bomba.
Antes de qualquer decisão, a mulher deve procurar profissionais de saúde para obter orientações sobre os cuidados necessários para manter a amamentação no período da infecção pelo vírus.
Com informações do Ministério da Saúde