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CCOP entrevista: ministro Tarcísio de Freitas fala sobre o setor logístico brasileiro durante a pandemia
ministro Tarcísio de Freitas fala sobre o setor logístico brasileiro
Quando se fala da cadeia de abastecimento de um país, especialmente de produtos que não podem faltar à população, como produtos de higiene e alimentação, a infraestrutura é muito importante e fundamental nesse serviço. Para detalhar sobre o papel do Ministério da Infraestrutura na manutenção da cadeia de abastecimento do país, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas concedeu entrevista para a TV Brasil.
Essa é mais uma entrevista da série liberada pelo Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19.
Operação de transporte de EPIs
Segundo o ministro, a operação de transporte dos equipamentos chineses representa um desafio logístico em função do volume de material, em função da competição internacional por esses equipamentos. “Serão entre seis e oito semanas de operação com 40 voos para trazer 960 toneladas de equipamentos e garantir abastecimento de todas as unidades da Federação”, afirmou Freitas.
Para a distribuição dentro do Brasil, o ministro explicou que serão usados os centros de distribuição do Ministério da Saúde e do Comando da Aeronáutica. “Iremos usar nossa malha aérea com voos comerciais que estão operando e fazendo a distribuição das principais ‘cidades hub’. A intenção é que todas as unidades da Federação recebam material.”
Hospitais de campanha
Outra atuação do Ministério da Infraestrutura durante a pandemia é com relação ao apoio na montagem dos hospitais de campanha. O Ministério desenvolve o projeto de engenharia, o termo de referência, a contratação e o acompanhamento da montagem no local.
Atualmente, está sendo montada a unidade de Águas Lindas (GO) com 200 leitos, que podem ser de observação ou de terapia semi-intensiva. A ideia é repetir esse modelo em vários locais e já está sendo estudada uma unidade em Manaus (AM). “Este será um pouco diferente que irá atender as peculiaridades dos povos indígenas”, disse.
Abastecimento de alimentos
Segundo Tarcísio, houve a montagem de um conselho pelos secretários de transportes, chefiado pelo Ministério da Infraestrutura, no qual estão sendo debatidos problemas que existem nos decretos de restrição em vários estados. “Os decretos foram todos revistos e a atividade de transporte de carga foi excepcionalizada bem como as atividades necessárias ao suporte desta atividade.”
Setor aéreo
Sendo o setor aéreo um dos mais afetados pela crise, foi editada uma MP que estabeleceu o diferimento de pagamentos de tarifas aeroportuárias, também um prazo maior para devoluções de passagens em dinheiro, o que preservou o fluxo de caixa.
As empresas estão trabalhando na estruturação de malha mínima, explicou o ministro, no qual determinados destinos serão atribuídos a uma companhia apenas. “Algo que em um situação normal não seria possível por configurar uma prática anticoncorrencial, porém em momento de emergência é muito adequado.” Essa medida garante o mínimo de viabilidade de determinados voos até mesmo para o deslocamento de equipamentos, profissionais de saúde e outras necessidades.
Outros setores logísticos
Está sendo tomada uma série de medidas para garantir que os setores continuem funcionando e os trabalhadores fiquem expostos. Uma delas é a edição da MP 945, que trata da saúde do portuário. Além disso, os portos estão investindo em triagem médica e EPIs. Também está garantida a renda mínima para o trabalhador que foi afastado da escala.
O Ministério conseguiu manter as operações tanto no setor portuário quanto no ferroviário e garantiu a segurança para os usuários. Foi estabelecido juntamente com os embarcadores um protocolo mínimo de condições sanitárias para os todos os tipos de terminais.