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CCOP entrevista: Ministro Marcos Pontes fala sobre iniciativas de pesquisa para enfrentamento ao coronavírus
Ciência, tecnologia e comunicação também se incluem nas ações do Governo Federal de enfrentamento ao coronavírus. Para detalhar essas medidas especificas do Ministério, o ministro Marcos Pontes conversou com a TV Brasil, como parte da série de entrevistas liberadas pelo Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19 (CCOP/Casa Civil).
Recursos para ciência e tecnologia
O Governo Federal, por meio do Ministério da Economia, liberou R$ 100 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Segundo o ministro, a utilização deste recurso está sendo dividida por prioridades.
A prioridade número um é o desenvolvimento de remédios com reposição de drogas, ou seja, a utilização de moléculas de remédios já existentes para combater o coronavírus. A seguir, o recurso está sendo aplicado na pesquisa para vacinas; outra parte está direcionada para o desenvolvimento de testes rápidos no Brasil. Por fim, para o conhecimento do vírus em si.
Outro setor que está recebendo recursos, de acordo com Marcos Pontes, é a de estudos sociais para ajudar os profissionais da saúde, assim como as questões de confinamento. Parte desses R$ 100 milhões também está sendo aplicada em “encomendas tecnológicas” e para o desenvolvimento de equipamentos como ventiladores, de proteção individual e outras inovações que são necessárias nesse momento para melhorar a capacidade da indústria brasileira.
Em relação ao desenvolvimento de equipamentos para o atendimento das demandas da pandemia, o ministro afirmou que existem cinco empresas trabalhando na produção de ventiladores, sendo que este processo está bem adiantado. De 45 dias a três meses a produção deste tipo de equipamento, de EPIs e equipamentos de suporte para os profissionais da saúde será ampliada.
Sequenciamento do coronavírus
De acordo com o ministro, o Brasil conta com diversos laboratórios trabalhando no sequenciamento do vírus em regiões específicas. “Isso é feito porque é preciso conhecer o coronavírus que está circulando no nosso país e as mutações para melhorar as vacinas que serão produzidas. O objetivo final é termos vacinas mais efetivas e de espectro amplo”, explicou. O sequenciamento é feito em processos matemáticos muito intensos.
O MCTIC possui uma “rede vírus” que é composta por pesquisadores no Brasil todo que se conecta com a rede de pesquisas do exterior para trocar informações e assim acelerar o processo.
Em relação aos remédios que podem ser usados no tratamento da Covid-19, já foram testados mais de dois mil medicamentos diferentes. “Conseguimos fechar essa lista em cinco candidatos que passaram para outra fase de testes, a in vitro.” O ministro acredita que os testes in vitro serão finalizados em breve e a partir daí serão iniciados os testes clínicos.
Comunicação em tempos de pandemia
Fechando os eixos do MCTIC, Pontes explicou que o ministério possui a “rede conectada MCTIC”, que é um grupo formado por profissionais e empresas dos setores de telecomunicações, radiodifusão e tecnologia da informação. Neste grupo é discutido como estes setores podem auxiliar as demandas do Governo Federal em relação ao coronavírus.
Uma das ações que está sendo desenvolvida por essa rede foi a aquisição de provedores de internet para Unidades Básicas de Saúde que não possuíam conexão. Durante todo o mês de abril haverá a instalação em 16.202 mil UBS. Assim todas as unidades do Brasil contarão com internet. Além disso, o Ministério da Saúde está contando com a utilização de ligações automáticas para fazer uma triagem de pacientes.