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Ministros e governadores da Amazônia Oriental discutem soluções para demandas da região
- Foto: Rafael Carvalho/ Casa Civil
Por determinação do presidente Jair Bolsonaro uma comitiva de ministros, secretários e técnicos do governo federal viajou até Belém (PA), nesta segunda-feira (2) para reunir-se com governadores da Amazônia Oriental, ouvir as demandas da região e planejar ações conjuntas no enfrentamento de incêndios e queimadas no norte do país.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a reunião foi produtiva e ressaltou a disposição do governo federal em dialogar e buscar soluções que atendam os temas discutidos, não apenas no curto prazo, mas de forma sustentável e permanente. “Defendemos que a preservação das florestas caminhe, de forma harmônica, com o desenvolvimento econômico da região”, destacou.
Onyx enfatizou as ações que já estão sendo efetivadas, por meio do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Ambiental – algo inédito no país – onde as Forças Armadas e agências federais, junto com efetivos estaduais, atuam no combate a focos de incêndio.
Ele pontuou, também, a resposta que o país tem dado às questões que, internacionalmente, vêm sendo levantadas em relação ao Brasil e ao nosso cuidado com o meio ambiente. “Usa-se hoje a questão do meio ambiente como pretexto para barrar o crescimento brasileiro, dificultando a entrada da nossa produção no mercado internacional”, afirmou. Onyx ponderou, no entanto, que a legislação brasileira é a mais rígida do mundo e que, tanto o cuidado com a nossa biodiversidade quanto a soberania brasileira sobre ela não podem ser questionados.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, enfatizou a conjugação de esforços entre o governo federal e os governos estaduais, além do compartilhamento de dados para o melhor monitoramento da situação. Salles assegurou também que o governo do presidente Bolsonaro tem tolerância zero com o desmatamento ilegal. “Nada ilegal será tolerado”.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o MAPA, tradicionalmente, trabalha junto com os governos estaduais e reconheceu a importância da Amazônia para o mundo. “Mas ela é ainda mais importante para nós e cuidamos muito bem dela”, declarou.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, elencou algumas funções da pasta, como a elaboração de atos normativos da presidência e disse que o governo está atento a demandas como a questão da regularização fundiária. “Além disso, estamos trabalhando para destinar fundos provenientes de recursos recuperados por meio da Lava Jato para o combate a incêndios na região amazônica”, falou.
O ministro da Defesa, General Fernando Azevedo, destacou a efetividade da Operação Verde Brasil, liderada pelas Forças Armadas, que vem demonstrando excelentes resultados desde que foi implementada. Além do emprego direto no combate aos incêndios, o general listou ações como o reconhecimento terrestre, aéreo e fluvial, além do compartilhamento de dados monitorados via satélite. “São 4 mil militares envolvidos na operação, 4 aeronaves de asa fixa, 5 helicópteros e mais 400 agentes civis especializados do Ibama, ICMBio, entre outras agências, atuando na Amazônia Oriental”.
O general destacou também a cooperação internacional. “Nessa área temos a possibilidade de cooperação do Chile, Equador, Estados Unidos e Israel até o momento. Do Chile, duas aeronaves especializadas no combate a incêndio estão chegando nesta segunda-feira ao Brasil. Israel está mandando uma equipe especializada. Já com os Estados Unidos estamos em contato para ver que meios serão fornecidos. Em relação ao Equador nos foi oferecido equipe de brigadistas especializados em incêndios”, compartilhou.
Além dos ministros, estiveram presentes à reunião os governadores do Pará, do Mato Grosso, de Tocantins, do Amapá e o Vice-governador do Maranhão, estados que compõem a Amazônia Oriental. Também estiveram presentes secretários dos ministérios da Justiça, Direitos Humanos, Secretaria de Governo, Minas e Energia, além do Gabinete de Segurança Institucional. Os presidentes do Ibama, ICMBio, Funai e do Incra também participaram do encontro.