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Em discurso histórico na ONU, presidente Bolsonaro apresenta o novo Brasil, reforça a soberania e compromisso com a democracia
- Foto: Alan Santos/PR
O Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, abriu a 74º Assembleia Geral das Nações Unidas com um discurso histórico, no qual reforçou a soberania brasileira, reafirmou o compromisso com a democracia e as liberdades e assegurou que o Brasil está aberto “a todos aqueles que queiram trabalhar pela prosperidade, pela paz e pela liberdade”.
“Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo. Um Brasil que está sendo reconstruído a partir dos anseios e dos ideais de seu povo. No meu governo, o Brasil vem trabalhando para reconquistar a confiança do mundo, diminuindo o desemprego, a violência e o risco para os negócios, por meio da desburocratização, da desregulamentação e, em especial, pelo exemplo”, iniciou Bolsonaro.
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – que assistiu o discurso no Palácio do Planalto, junto aos ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, além de assessores - classificou o discurso como “altivo, corajoso, verdadeiro e soberano” e disse que o presidente reafirmou o compromisso do país com “valores e princípios, tais como: liberdade, democracia e família”.
Falando sobre a Amazônia, o presidente foi taxativo em dizer que a soberania brasileira sobre o território não está em questão e falou, de maneira didática, que as queimadas são sazonais e que a produção agrícola brasileira não é uma ameaça ao meio ambiente. “Enquanto Alemanha e França usam 50% de seu território para plantio, o Brasil usa apenas 8% de sua área”, comparou. “Além disso, 61% de nosso território é preservado”, acrescentou.
Bolsonaro lembrou da Operação Acolhida, coordenada pela Casa Civil e realizada pelo Exército Brasileiro, que ampara as vítimas da ditadura chavista na Venezuela “que fogem da fome e da violência”. “O socialismo está dando certo na Venezuela! Todos estão pobres e sem liberdade”, enfatizou.
Em relação à governança, o presidente ressaltou que, em busca de prosperidade, o Brasil está adotando políticas que o aproxima de países outros que se desenvolveram e consolidaram suas democracias. “Estamos prontos também para iniciar nosso processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Já estamos adiantados, adotando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a proteção ambiental”, salientou.
O presidente destacou também a soberania dos povos indígenas – assegurando que os índios são seres humanos como todos e que têm direito de se desenvolver e produzir em seus territórios. Falou do combate à corrupção e à violência, elogiando o excelente trabalho que o ministro Sérgio Moro vem fazendo a frente do ministério da Justiça e Segurança Pública. Falou sobre o respeito às liberdades, sobretudo a religiosa e disse que o Brasil trabalha pela paz, destacando as inúmeras vezes em que tropas brasileiras estiveram presentes em missões de manutenção da paz pela ONU.
O presidente concluiu lembrando o papel da ONU: “Não estamos aqui para apagar nacionalidades e soberanias em nome de um “interesse global” abstrato. Esta não é a Organização do Interesse Global! É a Organização das Nações Unidas. E assim deve permanecer”, finalizou.