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Governo anuncia diminuição dos focos de incêndio na Amazônia
Coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (28) apresentou primeiros grandes números da Operação Verde Brasil para aplacar incêndios na Amazônia. O vice-almirante Ralph Dias, porta-voz do Ministério da Defesa, apontou os primeiros dados de satélites do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), que demonstram a redução das manchas de calor desde sábado (24).
Rondônia e Pará sofriam até então com a ampla maioria dos focos de incêndio detectadas. O porta-voz avaliou a operação como bastante positiva. Segundo Gabriel Zacharia, chefe do Centro Especializado Prevfogo do Ibama, “as áreas com maiores manchas de fogo estão fora do espaço protegido pelo governo federal”.
Forças armadas atuam em apoio a agências
A partir dos pedidos de Garantia da Lei e da Ordem ambiental (GLO), as Forças Armadas passaram a atuar, desde sábado (24) nos estados que solicitaram tal medida. Todos os estados da região da Amazônia Legal formalizaram pedidos ao poder executivo federal.
Tropas do Exército, da Força Aérea e da Marinha, além de tropas da Força Nacional, trabalham em conjunto com brigadas estaduais e municipais nas terras afetadas. As equipes estão autorizadas a atuar nas áreas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal. As forças estão autorizadas a atuar até 24 de setembro.
No total o governo emprega 964 militares, 48 brigadistas e 74 viaturas sob o Comando Militar da Amazônia (AC, AM, RO e RR). Já no Comando Militar do Norte (AP, MA, PA e TO), trabalham 2600 militares, 300 brigadistas e 131 viaturas. Foram utilizadas 18 aeronaves, dentre as pertencentes às Forças Armadas, ao Ibama e ao ICMBio. Ao todo, as Forças Armadas possuem um efetivo de 43 mil militares lotados na região.
Novas medidas contra incêndios
O Diário Oficial da União publicou nesta quinta-feira (29) o decreto 9.992, no qual o Presidente Jair Bolsonaro determina proibição do uso de fogo para produção e manejo em todo o país por 60 dias. Tal medida tem caráter excepcional e temporário, com objetivo de proteger o meio ambiente. A suspensão do uso de fogo não será aplicada em caso de controle fitossanitário quando autorizado por órgão ambiental competente; não será aplicada em práticas de prevenção e combate de incêndio (aceiro) e ainda em práticas de agricultura de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas.