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Venezuelanos são levados a Pernambuco nesta terça-feira (18)
- Foto: Divulgação
Mais 30 venezuelanos embarcaram nesta terça-feira (18) em Boa Vista (RR) com destino a Pernambuco. Eles serão levados a um abrigo na cidade de Igarassu, que já recebeu 69 imigrantes em etapa anterior do processo de interiorização.
Os solicitantes de refúgio e residência embarcaram por volta das 8h (local) em um avião C-99 da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino ao Recife. A aeronave fará escala para abastecimento em Belém (PA).
Com o voo desta terça-feira, o número de venezuelanos transportados com ajuda do Governo Federal e da Organização das Nações Unidas (ONU) passa de 1,9 mil. A iniciativa busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos aceitam, voluntariamente, a participar do programa e são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil - inclusive com CPF e carteira de trabalho.
Estão previstos para esta semana voos na quarta-feira (19), quinta-feira (20) e sexta-feira (21), tendo como destino final as cidades de Manaus (AM), Conde (PB), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).
Como é organizada a interiorização
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.
O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.