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Nordeste recebe grupo de 20 venezuelanos nesta quinta-feira (20)
Conde (PB) recebe 17 e Igarassu (PE) recebe outros três venezuelanos pelo processo de interiorização do Governo Federal. Os solicitantes de refúgio e residência embarcaram por volta das 8h (local) em um avião C-99 da Força Aérea Brasileira (FAB).
Desde o início dos voos, em abril, 1.932 venezuelanos se mudaram a outros Estados com ajuda do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU). Com o voo de hoje, chega a 61 o número de transferidos para Conde (PB) e chega a 103 os transferidos para Igarassu (PE).
A iniciativa busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos aceitam, voluntariamente, a participar do programa e são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil - inclusive com CPF e carteira de trabalho.
Também está previsto para esta semana mais um voo na sexta-feira (21), tendo como destino as cidades de Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).
Como é organizada a interiorização
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.
O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fonte: ASCOM/Casa Civil