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Manaus e Cuiabá recebem venezuelanos nesta terça-feira (4)
- Foto: Romério Cunha/Casa Civil
Duas cidades recebem nesta terça-feira (4) venezuelanos transferidos de Boa Vista pelo programa de interiorização. Embarcaram 180 pessoas com destino a Manaus e 24 para Cuiabá.
Os solicitantes de refúgio e de residência embarcaram em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) por volta das 8h (horário local) e seguem para Cuiabá, onde desembarcaram por volta das 11h. Às 13h seguiram para Manaus, onde o pouso está previsto para as 15h.
O avião segue de volta a Boa Vista para completar a etapa de interiorização na quarta-feira (5), quando outros venezuelanos serão transportados para São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
O objetivo do Governo Federal é de transferir cerca de 400 venezuelanos por semana até o fim de setembro. Desde abril, 1.099 foram transportados em voos da FAB de Roraima para outros Estados e para o Distrito Federal.
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com o voo de hoje, sobe para 1.303 o total de imigrantes e refugiados transferidos.
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte. O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fontes: Casa Civil da Presidência da República e agências da ONU