Notícias
Mais 201 venezuelanos são transferidos para o RS nesta quarta-feira (12)
- Foto: Romério Cunha/Casa Civil
* Texto atualizado às 9h50 com informações do embarque
Em nova etapa do processo de interiorização, 201 venezuelanos embarcaram nesta quarta-feira (12) em Boa Vista (RR) com destino a Canoas (RS). Com isso, passa de 1,7 mil o número de imigrantes levados a outros Estados desde abril.
O Boeing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou por volta das 8h (horário local), com previsão de chegada ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, às 12h40.
Todos os solicitantes de refúgio e de residência que aceitaram participar da interiorização foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho. A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros.
Em setembro, o objetivo do governo é transportar cerca de 400 pessoas por semana. Nos dias 4 e 5, foram levados 408 para Manaus, Cuiabá, São Paulo, Esteio (RS) e Brasília (DF).
Repasse de recursos
Portaria publicada na segunda-feira (03) autorizou o repasse de recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a Esteio e Canoas para estruturação da rede socioassistencial dos municípios para acolhida dos venezuelanos. O incremento de R$ 1,2 milhão para Canoas e R$ 534,4 mil para Esteio tem validade de 6 meses.
Como é organizada a interiorização
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte. O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fonte: Casa Civil, MDS e ONU Brasil