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Com voo para RS e PR, passa de 2 mil número de venezuelanos interiorizados
- Foto: Divulgação
Mais 230 venezuelanos são transferidos nesta terça-feira (25) de Boa Vista a Curitiba e às cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul. Com isso, chega a 2.206 o número de pessoas levadas a outras cidades por meio do processo de interiorização desde abril.
O Boeing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) com os venezuelanos deve decolar por volta das 9h (horário local) do aeroporto de Boa Vista. A aeronave pousará em Porto Alegre nesta tarde, onde desembarcam 140 venezuelanos. Depois, segue para Curitiba, onde ficam 90 pessoas.
No Rio Grande do Sul, 70 serão levados para um abrigo no bairro Sarandi, em Porto Alegre; 21 a Canoas; nove para Esteio; e 40 seguem para Cachoeirinha.
A interiorização busca ajudar os solicitantes de refúgio e de residência a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil - inclusive com CPF e carteira de trabalho.
A iniciativa conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.
O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fonte: ASCOM/Casa Civil