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Canoas (RS) e Esteio (RS) recebem mais 176 venezuelanos nesta quinta-feira (13)
- Foto: Romério Cunha/ Casa Civil
Mais 176 venezuelanos embarcaram em Boa Vista (RR) nesta quinta-feira (13) com destino a Canoas (RS) e Esteio (RS). Com isso, o governo conta com cerca de 1,9 mil imigrantes levados a outros Estados desde o início do processo de interiorização.
O Boeing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou por volta das 9h (horário local), com previsão de chegada ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, às 14h40 (horário de Brasília). Entre os venezuelanos que viajam hoje, 87 serão levados para Canoas e 89 para Esteio.
O voo desta quinta-feira complementa a etapa de interiorização iniciada ontem, quando 201 venezuelanos foram levados para a cidade de Canoas. Na semana passada, foram levados 408 para Manaus, Cuiabá, São Paulo, Esteio (RS) e Brasília (DF).
Todos os solicitantes de refúgio e de residência que aceitaram participar da interiorização foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho. A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros.
Repasse de recursos
Portaria publicada no dia 3 de setembro autorizou o repasse de recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a Esteio e Canoas para estruturação da rede socioassistencial dos municípios para acolhida dos venezuelanos. O incremento de R$ 1,2 milhão para Canoas e R$ 534,4 mil para Esteio tem validade de 6 meses.
Como é organizada a interiorização
A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte. O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fonte: Casa Civil, MDS e ONU Brasil