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Em reunião do CDES, governo apresenta estratégia de longo prazo
O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, apresentou na quarta-feira (28) Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes), documento elaborado durante o ano de 2018 que propõe um planejamento de longo prazo para o Brasil. O texto apresenta objetivos a serem alcançados entre 2020 e 2031.
“Batizamos este documento de Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes). Sua diretriz principal é elevar a renda e a qualidade de vida da população, com redução das desigualdades sociais e regionais”, disse Colnago, durante a 48ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
“O país acostumou-se a trabalhar na elaboração de medidas emergenciais. Nos últimos anos, não foram poucos os incêndios pelos quais passamos: inflação alta, câmbio desequilibrado, juros excessivos, retração do PIB, desemprego, crise fiscal”, explicou o ministro, durante a apresentação. De acordo com ele, ficou em segundo plano o espaço para traçar objetivos de longo prazo. “Entretanto, nos últimos meses, a economia voltou a ser ajustada e nos foi dada a oportunidade de sonhar com um planejamento de longo prazo para o país”.
O Ministério do Planejamento foi o órgão que coordenou e elaborou a Endes, em atendimento a uma demanda do próprio CDES. Para o ministro Colnago, a atual escassez de recursos públicos impõe ao país a necessidade de utilizá-los da melhor maneira possível, focando nas prioridades da sociedade e do Estado.
Segundo ele, tudo foi feito em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. “Batizamos este documento de Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes). Sua diretriz principal é elevar a renda e a qualidade de vida da população, com redução das desigualdades sociais e regionais”, afirmou.
O documento passou por consulta pública e incorporou diversas questões que surgiram da agenda do CDES. A principal mensagem é que, para alcançar as diretrizes, o país não pode abandonar a agenda de reformas retomadas neste governo. Esteves Colnago lembrou que, nos últimos dois anos, o país saiu da maior recessão da história, a taxa básica de juros alcançou o menor patamar, a inflação recuou e os empregos voltaram a ser criados. “Os resultados indicam que estamos prontos para um novo ciclo de desenvolvimento”, afirmou, pedindo apoio do Conselho para avançar na agenda de reformas.
Cenários até 2031
A Endes traçou três cenários para os próximos 12 anos. No primeiro, sem a execução de reformas, a despesa cresceria, aumentando o endividamento. O crescimento ficaria próximo de zero e haveria queda da renda per capita, levando o país à nova década perdida. No segundo, foi simulada a realização de reformas macroeconômicas (de equilíbrio fiscal). O crescimento médio ficaria em torno de 2,2% ao ano. Por fim, no terceiro cenário, foi prevista a realização de reformas macrofiscais e reformas microeconômicas pró-investimento e aumento da produtividade. O país daria um salto de crescimento, com média real de 4% ao ano no período.
Fonte: CDES e MPDG