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Conselhão debate "profissões do futuro" com autoridades do governo
- Foto: Romério Cunha/Casa Civil
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) deu continuidade às atividades do 3º ciclo dos grupos de trabalho nesta terça-feira (15), com integração de autoridades de governo ao debate. Os desafios do sistema educacional e do mercado de trabalho, frente ao advento das mudanças tecnológicas atuais, deram o tom dos trabalhos, que ocorreram na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília.
A atividade contou com a presença de representantes de vários ministérios. Pelo Ministério da Educação (MEC), compareceram o ministro Rossieli Soares e a diretora de apoio às redes de educação básica, Renilda Peres de Lima.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) foi representado pelo secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação, Maximiliano Martinhão, e pelo diretor do departamento de ecossistemas digitais, Otávio Caixeta. Marcos Vinícius de Souza, secretário de inovação e novos negócios, representou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), e Carolina Fleury Curado, secretária adjunta substituta, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
O assessor-chefe Luiz Henrique Machado, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o subsecretário de tributação e contencioso Luiz Fernando Nunes, da Receita Federal, e a diretora de desestatização e estruturação de projetos, Eliane Aleixo de Andrade, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), completam a lista de autoridades.
As apresentações evidenciaram a existência de diversas iniciativas na direção sugerida pelas propostas elaboradas na primeira etapa de discussões do grupo de trabalho. Durante as respostas às dúvidas dos conselheiros, foi salientada a complementariedade entre essas ações, apesar de serem executadas por órgãos diferentes. O BNDES sublinhou sua proximidade com iniciativas lideradas pelo MCTIC e MDIC, apesar de esses órgãos não estarem sob um único comando.
Os conselheiros elogiaram a qualidade técnica dos representantes do governo e destacaram a importância do planejamento para a boa formulação das políticas públicas e a necessidade de processos transparentes de avaliação.
Após as apresentações dos representantes do governo, as quais foram seguidas de debates, os conselheiros partiram para uma rodada de defesa e aperfeiçoamento das recomendações. Nesta etapa, tiveram a oportunidade de expressar seus pontos de vista sobre as propostas em debate, com vistas à construção de convergências. Finalmente, foram definidas as três recomendações finais.
Abertura
Os trabalhos iniciaram às 9h, com a presença do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, do ministro da Educação, Rossieli Soares, do presidente da Enap, Francisco Gaetani e da secretária do Conselhão, Patricia Audi.
Ao dar boas-vindas aos conselheiros, Padilha observou a conexão existente entre os debates de ontem, sobre revolução digital e o que ocorreria hoje, sobre profissões do futuro. O ministro citou o sistema bancário como exemplo de transformação a partir dos avanços tecnológicos, lembrando que não faz muito tempo era considerado normal permanecer mais de 30 minutos em filas nas agências bancárias todo início de mês. “Em 20 anos, as profissões serão completamente diferentes dessas que estamos convivendo hoje. Temos que estar preparados para enfrentar essa transformação”, disse.
Rossieli citou a importância de desenvolver uma base curricular no Ensino Fundamental e no Ensino Médio para mobilizar o conhecimento dos jovens e desenvolver competência. Ele ressaltou a importância da reforma do Ensino Médio promovida pelo governo do presidente Michel Temer.
O ministro disse que a base curricular do Ensino Médio, que deve ser aprovada entre setembro e outubro, deve incluir formas de incentivar o empreendedorismo entre os jovens.
Patricia Audi destacou que o grupo de hoje tinha um ótimo ponto de partida, garantido tanto pelo alto nível das discussões sobre revolução digital como pela convergência durante a primeira rodada de debates sobre profissões do futuro. Avaliou que assim emergiu a percepção de que o país é capaz de lidar positivamente com os desafios que se colocam.
“A população pode transformar a revolução digital em uma possibilidade de inclusão, e não em um agravante de exclusão”, afirmou.
Amanhã, o tema a ser debatido com o governo é “pacto federativo”. Participarão do encontro o ministro Padilha, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia e o presidente da ENAP, Francisco Gaetani.
Fonte: ASCOM/CDES