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Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal recebem venezuelanos nesta quinta-feira (30)
- Foto: Divulgação
(atualizado em 31/8/2018)
Três cidades recebem nesta quinta-feira (30) venezuelanos que participam do programa de interiorização. Serão transportados quatro imigrantes para Brasília (DF), 61 para Goioerê (PR) e 27 ao Rio de Janeiro (RJ).
Os 92 venezuelanos embarcaram em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) por volta das 11h em Boa Vista e seguem em voo a Brasília, com previsão de chegada às 15h10. De lá, partem em direção ao aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, onde 60 desembarcam por volta das 19h e seguem viagem rumo a Goioerê. No Rio de Janeiro, a chegada na Base Aérea do Galeão está prevista para as 21h10.
Com o voo de hoje, sobe para 1.099 o número de venezuelanos transferidos a outros Estados pelo programa de interiorização desde abril. Nas viagens anteriores, foram transportados solicitantes de refúgio e residência para São Paulo, Manaus, Cuiabá, Conde (PB), Igarassu (PE), Rio de Janeiro, Brasília e João Pessoa.
Todos os selecionados aceitaram participar da interiorização, foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho. A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros.
A interiorização tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A partir das vagas disponíveis e do perfil dos abrigos participantes do processo de interiorização, o ACNUR identifica os interessados em participar da estratégia, assegura que estão devidamente documentados e financia melhoras de infraestrutura e custos operacionais nos locais de acolhida – especialmente os administrados pela sociedade civil. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte. O UNFPA promove diálogos com as mulheres e população LGBTI para que se sintam fortalecidas neste processo. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.
Em setembro, cerca de 400 pessoas devem ser transportadas a cada semana. A interiorização depende da existência de vagas em abrigos nas cidades de destino. Reuniões prévias com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Fonte: ASCOM/Casa Civil e ONU Brasil