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Sem reforma, Previdência vai estrangular gastos públicos, diz Padilha
Ministro Eliseu Padilha fala da necessidade de reformar a Previdência, em comissão especial na Câmara dos Deputados - Foto: Fernando Aguiar/Casa Civil
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quarta-feira (15) a reforma da Previdência para evitar um estrangulamento dos gastos discricionários, como investimentos em infraestrutura e gastos sociais, por exemplo. Segundo ele, se as regras atuais forem mantidas, o governo não poderá mais arcar com essas despesas depois de 2024.
"Nós temos um déficit na Previdência e, por isso, faz-se necessário uma reforma para não venhamos a estrangular os demais gastos públicos", disse o ministro na comissão especial sobre a reforma previdenciária na Câmara dos Deputados. “(Sem a reforma) Em 2025, nós só pagaremos a folha, o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a Previdência, a saúde e a educação”, acrescentou.
Padilha ressaltou que o déficit da Previdência Social em 2016 somou R$ 227 bilhões e o rombo para 2017 está previsto em R$ 260 bilhões. Para a cifra não crescer, defendeu as mudanças nas regras, que incluem a idade mínima para aposentadoria em 65 anos, para homens e para mulheres. A reforma, frisou, é para preservar a Previdência Social.
O ministro mostrou outros países que já adotaram idade mínima para aposentadoria, ao contrário do Brasil. “Nós somos retardatários nesse processo. Não somos precursores”, disse.
Mesmo com a reforma, o ministro acredita que o País terá de estudar, em dez anos, uma forma de financiamento para a Previdência, de forma a reverter o déficit.
“O Brasil depois de 2026 tem que pensar em nova fonte de financiamento para a Previdência. Tem de se pensar se temos condições de aumentar nosso custeio da Previdência com recursos próprios”, afirmou.
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ASCOM/Casa Civil