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Padilha fala sobre as perspectivas do governo ao jornal A Plateia
- Foto: Romério Cunha/ Casa Civil
Em entrevista ao jornal A Plateia e a Radio RCC, de Santana do Livramento e região (RS), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, falou das perspectivas do governo nesses seis meses. “Estabelecemos uma base de sustentação no Congresso Nacional. Montamos um governo que normalizou, pacificou e que dialoga com o Brasil”, afirmou o ministro.
Antônio Badra, diretor do jornal A Plateia, perguntou ainda sobre ações federais no Rio Grande do Sul. Padilha salientou que o Aeroporto binacional (Brasil-Uruguai) está avançando bem, após reunião recente com o embaixador uruguaio. No campo econômico, o ministro foi questionado sobre a cota de franquia em lojas de fronteira e sobre a lei que regulamenta os freeshops. Eliseu Padilha se comprometeu a levar adiante o pleito para que avance junto à Receita Federal e junto ao Itamaraty. O ministro afirmou ainda que a PEC do teto de gastos, que avança no Senado Federal, possui a característica de ser reavaliada legalmente em dez anos. “Uma eventual reavaliação antecipada passa pela retomada da economia”, disse.
Reformas política e tributária
De acordo com Padilha, a reforma política está ocorrendo de forma natural. “Foi aprovado o fim das coligações proporcionais e estão sendo votadas a cláusula de barreira e o fim da reeleição. Enfim, a reforma política está se resolvendo naturalmente no Congresso, sem nenhuma interferência do poder executivo”.
“Já no campo tributário, a grande reforma é PIS, Cofins e ICMS. E não dá pra atacar tudo isso de uma vez só”, ressaltou o ministro. O tema deve se revelar uma nova frente de trabalho do governo federal, tão logo sejam encaminhados o ajuste fiscal e a reforma da previdência.
Reforma trabalhista
Para Padilha, o poder judiciário tem igualmente feito avançar a reforma trabalhista. “O Supremo tem baixado decisões que têm dado novo rumo às questões trabalhistas. Isso também está caminhando de forma natural”, completou.
“O judiciário deve julgar em breve questões como valer o que foi negociado coletivamente, em detrimento da CLT”, disse o ministro. “Na Câmara, deve avançar um projeto sobre trabalho intermitente. Logo, o governo não tem que se envolver nisso porque está ocorrendo naturalmente”.
Ajuda aos estados
Padilha concluiu a entrevista falando a respeito da situação financeira dos estados. “Desde a semana passada o Presidente Michel Temer está debruçado neste tema com a área econômica. Ele quer ter uma fórmula para ajudar os estados, mas deve-se partir do pressuposto de que os etados devem fazer um esforço. Se os estados não revisarem suas questões estruturais, corre-se o risco de receberem ajuda do governo federal para resolverem hoje e amanhã estar tudo igual”, finalizou.