Notícias
Política
Wagner deixa Casa Civil e assume Gabinete Pessoal da Presidência
Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR
O ministro Jaques Wagner deixou hoje (16) o cargo de Chefe da Casa Civil para ocupar o cargo de Ministro-Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República. A mudança foi definida nesta quarta-feira com a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil da Presidência da República. A nomeação do ex-presidente saiu publicada hoje, no Diário Oficial da União, assim como a do ministro Jaques Wagner.
Como ministro-chefe da do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner também será responsável pela Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
"A agenda do desenvolvimento, da retomada do crescimento econômico com mais emprego, justiça social, articulação política e o diálogo com os movimentos populares ganharam um gigantesco reforço: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu o ministro nas redes sociais.
Wagner agradeceu a presidenta Dilma pela confiança ao convidá-lo para ser o novo ministro Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência e diz que cumprirá a nova missão de acordo com a sua trajetória política. "Buscarei desempenhar com a mesma dedicação, empenho e compromisso que marcaram minha trajetória", escreve Wagner, que usou em seu texto a hashtag #LulaMinistro.
Jaques Wagner tomou posse como titular da Casa Civil da Presidência da República em 5 de outubro de 2015, após exercer o cargo de ministro da Defesa desde o início do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Antes, foi governador da Bahia por dois mandatos consecutivos (2007-2014), deputado federal, além de ministro do Trabalho (2003/04) e da Articulação Política ( 2005/06).
Neste período à frente da Casa Civil, Jaques Wagner reativou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), coordenou o grupo interministerial de Mobilização Nacional de Combate ao Aedes Aegypti e foi o principal articulador do grupo de trabalho interministerial que discutiu a tragédia ocorrida em Mariana (MG), que culminou com a assinatura de acordo com a empresa responsável, para a recuperação do Rio Doce. Conhecido pela sua habilidade política, Jaques Wagner ajudou a presidenta Dilma na retomada dos seus contatos políticos.
Grampos
À noite, Wagner condenou o vazamento da conversa grampeada dos telefones do ex-presidente Lula, da presidenta Dilma e de seu próprio aparelho telefônico. “Sempre apoiei as investigações, mas vazamento de conversa com a presidenta da República extrapolou os limites e a segurança dela “, disse. Segundo Wagner, os diálogos estão sendo interpretados fora do contexto para criar fato político negativo. “A presidenta não teve nenhuma intenção de obstruir a justiça, apenas enviou o termo de posse para o novo ministro assinar em caso de impossibilidade de seu comparecimento à cerimônia de posse”, acrescentou.
Sobre o diálogo onde Lula solicita a Wagner que peça à presidenta Dilma para falar com a ministra Rosa Weber, do STF, o ministro explicou que Lula apenas lhe solicitou que transmitisse essa mensagem, o que ele não teve oportunidade de fazer, pois já tinha terminado seu encontro com ela. “Achei uma arbitrariedade. Não se pode violar e interceptar o telefone da presidenta da República”, comentou o ministro. Ele vai apurar como o telefone da presidenta Dilma conseguiu ser grampeado.
Fonte: Casa Civil PR