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Governo investirá R$ 649 milhões em pesquisa para combater o Aedes aegypti e o zika vírus
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira (23), investimentos de R$ 649 milhões em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para combate ao vírus zika, ao mosquito Aedes aegypti e às outros vírus que ele transmite. “Sendo 93% deste total aplicado até o final de meu mandato, em 2018”, anotou a presidenta. O governo também disponibilizará um montante de R$ 550 milhões em crédito na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e no Banco Nacional do Desenvolvimento (Bndes) para financiar a geração, a adoção e a comercialização de novas tecnologias.
O anúncio foi feito durante o lançamento do eixo de desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, no Palácio do Planalto, do qual participaram a ministra chefe da Casa Civil substituta, Eva Chiavon; o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera; o ministro da Saúde, Marcelo Castro; e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, entre outros.
Dilma destacou a necessidade dos altos investimentos feitos pelo governo para combater o vírus que se espalhou em “velocidade espantosa” pelo mundo. “O nosso objetivo é avançar no conhecimento sobre o vírus zika, na oferta de diagnósticos, vacinas e medicamentos. Precisamos saber que medidas são mais efetivas para evitar que o feto de uma gestante desenvolva microcefalia, quais as razões para que algumas pessoas tenham formas mais graves da doença, e o que fazer para evitar estes agravos. Precisamos também de novos métodos para combater o mosquito transmissor da doença”.
O objetivo dos investimentos do governo envolve aprimorar os testes para diagnóstico, tornando mais rápido a identificação do vírus e a adoção de medidas de atenção aos que forem contaminados. Outra frente dos investimentos é no desenvolvimento de tecnologias para controlar o mosquito Aedes. Há pesquisas em curso no País, por exemplo, que têm como estratégia a introdução no meio ambiente de mosquitos estéreis ou portadores da bactéria Wolbachia, que coíbe a transmissão de vírus. Além disso, os recursos disponibilizados permitirão o desenvolvimento de vacinas contra as doenças transmitidas pelo mosquito.
Ao citar o trabalho que já vem sendo desenvolvido pelos institutos de pesquisa brasileiros – como a Fiocruz e o Instituto Butantan – a presidenta afirmou que o País tem alcançado papel de destaque internacional no combate ao Aedes e ao vírus zika.
“As pesquisas e os trabalhos pioneiros produzidos e publicados em ritmo acelerado e com qualidade inquestionável colocam o Brasil no centro das atenções da comunidade científica internacional. Cabe-nos, agora, dar todas as condições, mesmo nessa etapa, de dificuldades fiscais, para que esse trabalho se coloque em novos patamares”.