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Dilma denuncia golpe de Estado a correspondentes estrangeiros
Em entrevista a correspondentes estrangeiros agora há pouco, no Palácio do Planalto, a presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou estar sendo vítima de um processo de impeachment baseado em uma injusta fraude jurídica e política. A presidenta lembrou que, nos períodos democráticos do País, todos os presidentes enfrentaram processos de impedimento no Congresso Nacional.
“O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se nós acompanharmos a trajetória de presidentes no meu País, do regime presidencialista a partir de Getúlio Vargas, nós vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou um instrumento contra os presidentes eleitos”.
Dilma argumentou que crise econômica não é motivo suficiente para se pedir o impeachment de um presidente da República. Para ela, as tentativas de desestabilizar seu mandato se basearam na estreita margem de votos que a elegeu nas eleições de 2014.
“Essa eleição perdida por essa margem tornou essa oposição derrotada bastante reativa a essa vitória e por isso começaram um processo de desestabilização. Esse meu mandato de 15 meses tem o signo da desestabilização política”. Ela explicou aos correspondentes que não há base legal para o procedimento de Impeachment, tendo em vista que não foi cometido nenhum crime de responsabilidade por ela durante o mandato.
Perguntada sobre a declaração de voto do deputado Jair Bolsonaro, em que homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, a presidenta da República disse que considera o episódio lamentável, tendo em vista que se trata de um dos maiores torturadores da história do Brasil, ressaltando que contra ele pesam as acusações não apenas de tortura, mas também de assassinatos, conforme apurou a Comissão Nacional da Verdade.