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Wagner espera “bases de um diálogo consistente” na reunião do Conselhão
Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou na noite dessa quarta-feira estar “extremamente satisfeito com a receptividade” de representantes da sociedade civil em relação à primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que acontecerá nessa quinta-feira, a partir das 14h30, no Palácio do Planalto.
“Eu quero dizer que estou extremamente satisfeito com a receptividade. Todas as pessoas com quem eu falei se colocaram totalmente à disposição, querem contribuir para achar caminhos, e eu até diria que não consegui encaixar todas as pessoas que queriam contribuir no número de conselheiros”, disse, em entrevista após cerimônia em comemoração ao Dia Internacional em Memória das vítimas do holocausto, realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.
O ministro, que está à frente da reativação do chamado Conselhão, manifestou expectativa de que haja alguma convergência em relação à volta da CPMF. “Esse é o caminho de convergência. Todo mundo entende que há uma emergência de aumento de receita. Então, se a convergência for de uma temporalidade para a CPMF, eu acho que é bem vinda. Por isso que, por mim, a palavra-chave hoje é a busca de convergências. E é preciso que elas aconteçam, para superar o momento mais difícil. E e aí o território da democracia felizmente continua seguro no Brasil”, disse Jaques Wagner.
Embora mostrando otimismo, o chefe da Casa Civil disse não querer lançar “expectativa exagerada” em relação aos resultados da reunião de hoje, reafirmando que “não há saída mágica” para os problemas do país. “Não quero lançar nenhum tipo de expectativa exagerada, até porque eu já disse que não há uma saída mágica. Nós temos que ter um objetivo, que é a retomada do crescimento, construir convergência com todos segmentos da sociedade, para que esse caminho chegue mais rápido. E é muito trabalho, muita determinação e perseverância. Não tem um passe de mágica pra resolver.”
Jaques Wagner afirmou que a economia mundial está “bastante combalida neste momento”, com o preço das commodities numa queda livre, e isso reflete no Brasil. Mas lembrou os números importantes anunciados na véspera, mostrando que o déficit em conta corrente do país foi menor do que o projetado e que o investimento direto estrangeiro no Brasil foi acima do esperado.
“Então temos bases sólidas, reservas sólidas, e precisamos buscar essas convergências entre trabalhadores, empresários, a classe política como um todo, para que a gente possa facilitar a retomada desse crescimento”, disse.
Segundo o ministro, a busca de diálogo com a sociedade se estende à oposição. “A sinalização positiva é a gente, amanhã, no Conselho, apresentar a base de um diálogo consistente, construtivo. E esse diálogo se estende, inclusive, à oposição, que queira oferecer ideias que possam contribuir, porque o que interessa é a gente retomar o desenvolvimento”.
Jaques Wagner confirmou que levará a mensagem presidencial referente a 2016 ao Congresso Nacional, no dia 2 de janeiro, na sessão de abertura dos trabalhos do Legislativo. “O Legislativo é o reflexo da sociedade brasileira. É a grande casa do povo, particularmente a Câmara dos Deputados, porque ela é a representação popular proporcional de partidos, de convicções, de teses, ideais e ideias”, disse. Criticou todas as formas de intolerância e defendeu a necessidade busca de “pontos comuns”.
“A crítica é normal e bem vinda. Graças a Deus a democracia é a alternância de poder, é o debate de ideias, mas não podemos atrapalhar essa alegria da diversidade democrática com qualquer tipo de intolerância e dogmatismo que nos impeça de dialogar e buscar caminhos para o país”, afirmou.
Fonte: Casa Civil PR