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Presidenta Dilma reforça importância do diálogo com a sociedade durante reunião do Conselhão
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deram posse nesta quinta-feira (28) aos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para o biênio 2016-2017. São 92 representantes de empresas, sindicatos, movimentos sociais e outras instituições com atuação relevante no país.
A presidenta ressaltou a importância de ouvir os diversos setores da sociedade e que o país está em busca de consensos. “Preciso das ideias e das propostas do Conselho. Preciso de tudo que pode nascer nesse fórum, especialmente para alcançarmos aquilo que é a maior prioridade no nosso governo e do nosso povo: voltar a crescer de forma sustentável, criando emprego e distribuindo renda”, disse.
Dilma Rousseff disse ainda que está determinada a superar a crise. “De minha parte vocês podem esperar honestidade de propósitos, desejo sincero de encontrar soluções e toda a disposição do mundo para ouvir e dialogar. Tenho a determinação de conduzir o Brasil à vitória sobre a crise. E quero, mais do que nunca, que isso seja feito em parcerias. Conto com os senhores”, afirmou a presidenta.
Participação social – Esta é a 44ª reunião plenária do Conselho e a primeira do ano, que teve como tema “Os Caminhos para o Desenvolvimento Brasileiro”. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner defendeu a “participação cidadã em busca de convergências” em torno dos melhores caminhos para a retomada do crescimento e desenvolvimento do país, com inclusão social, redução das desigualdades e distribuição de renda.
“Eu sou um apaixonado pelo diálogo social, um devoto confesso dessa forma de participação, para que a gente possa ouvir esse caleidoscópio de opiniões, de A a Z”, afirmou o ministro aos 92 conselheiros.
Em sua exposição, o conselheiro Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, ratificou a importância do diálogo entre todos os atores da sociedade. “Cada um de nós é protagonista do Brasil de hoje. Provavelmente cada um tem sua própria pauta, mas temos que estabelecer uma agenda mínima de convergência, que respeite a pluralidade de todos os envolvidos”, afirmou.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, o Conselho é um espaço essencial de debate. “A própria democracia pressupõe espaços como esse, em que as pessoas possam expor suas ideias em busca do entendimento. Vejo o governo da presidenta Dilma acertando muito, pois quanto mais estiver próximo dos anseios da sociedade, mais chances o governo terá de encontrar as melhores soluções”, ponderou.
O conselheiro Miguel Torres, presidente da Força Sindical, destacou a importância a união entre trabalhadores, empresários e políticos, para que o país saia da crise. Por sua vez, Alberto Broche, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, ressaltou a necessidade de retomar o desenvolvimento, mas sem abrir mão dos direitos conquistados. “Temos que ter cuidado para não perdermos as conquistas da sociedade nos últimos anos”, afirmou ele.
Luiz Moanyabiku Júnior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, pediu união para encontrar medidas convergentes. “Temos que deixar de lado ideologias, ideias políticas e às vezes até convicções pessoais, pois só através do diálogo podemos retomar o crescimento”. A conselheira Luiza Helena Trajano, presidenta da rede Magazine Luiza, seguiu na linha de promover a superação das diferenças. “Temos que unir empresários e sindicatos em torno de uma agenda para fazer acontecer. Temos que parar de reclamar e nos unir. Só através da união de todas as classes é que vamos conseguir superar a crise”, disse ela.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, defendeu os avanços conquistados pela juventude brasileira. “Nós, a juventude, fomos a fatia da sociedade mais beneficiada pela mudança de rota do país. Seja pela ascensão social ou políticas diretas, como o FIES e a política de cotas”, disse ela.
Após as exposições dos representantes da sociedade civil, cinco ministros apresentaram um diagnóstico da atual conjuntura, bem como propostas para a retomada do crescimento: Alexandre Tombini (Banco Central), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento, Orçamento e Gestão), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Kátia Abreu (Agricultura).
Conselhão – O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) foi criado em 2003 e tem como objetivo assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes específicas, e apreciar propostas de políticas públicas, de reformas estruturais e de desenvolvimento econômico e social que lhe sejam submetidas pelo Presidente da República, com vistas na articulação das relações de governo com representantes da sociedade.
A criação do CDES alargou de forma inédita a interlocução entre o Governo e a sociedade e a capacidade de definir, de forma compartilhada, os grandes rumos do País. O diálogo plural exercitado pelo CDES qualifica e viabiliza um projeto de desenvolvimento de longo prazo, como expressão da síntese possível dos valores e interesses predominantes, orientadores das ações de Governo e assumidos pela sociedade.
Fonte: Casa Civil PR