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Saúde Pública
Dilma faz chamamento interno para combater o zika
Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR
A presidenta Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira (1) um “chamamento interno” a ministros e dirigentes de autarquias e bancos por uma mobilização no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do Zika vírus, e seus criadouros. “Foi um toque de alerta da presidenta”, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, após reunião ministerial no Palácio do Planalto. “No fundo, [o objetivo] é transformar cada um em soldado contra o mosquito”, disse.
O ministro informou a convocação da presidenta para a reunião ocorreu antes da decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), tomada hoje, de decretar estado de emergência em saúde pública internacional, por causa do surto de zika vírus em vários países.
A presidenta, de acordo com Jaques Wagner, exigiu que cada ministério e autarquia designasse cinco funcionários para serem treinados a verificar eventuais criadouros e a aplicar o larvicida em locais onde existe água e não podem ser destruídos. Nessa terça-feira haverá reunião desses servidores, para início do processo de treinamento.
“Hoje foi um chamamento interno. Nós temos 120 mil homens trabalhando nos Correios, temos distribuidoras de energia elétrica _mesmo que privadas_ que têm contato com o governo federal. A única forma de lutar contra o mosquito é contaminar a consciência de todos de que essa é uma tarefa que não passa só pelo serviço público”, afirmou.
A presidenta pretende fazer reuniões constantes, para fazer avaliação da campanha. O processo de organização e fiscalização execução está a cargo da Casa Civil e dos ministérios da Saúde, da Defesa e do Planejamento. De acordo com Jaques Wagner, a presidenta deverá abordar a questão do combate ao zika na mensagem a ser encaminhada ao Congresso Nacional nessa terça-feira, para a sessão se reabertura dos trabalhos legislativos.
“A única vacina que temos é a consciência e a mobilização cidadã de todo mundo”, afirmou o ministro. Ele lembrou que o tempo estimado para a produção da vacina é de, no mínimo, três anos.
Fonte: Casa Civil PR