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Mensagem presidencial
Para Wagner, Dilma mostra humildade e disposição de dialogar
Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta terça-feira (2) que a decisão da presidenta Dilma Rousseff de levar pessoalmente a mensagem presidencial na cerimônia de reabertura dos trabalhos do Congresso Nacional foi um gesto de “humildade” e uma “demonstração de que ela quer dialogar”.
Na mensagem, a presidenta defendeu, entre outras medidas, a aprovação da CPMF, a Desvinculação das Receitas da União (DRU) e mudanças nas regras da Previdência Social, para garantir a sustentabilidade do sistema no futuro.
“A presidenta fez questão de vir aqui, para ler sua mensagem e, humildemente, pedir um processo de diálogo durante 2016 e uma busca de convergência, para que a gente possa encontrar os caminhos que a sociedade quer: o caminho do desenvolvimento com geração de emprego e distribuição de renda e crescimento da economia”, afirmou o ministro, após a leitura da mensagem presidencial.
Jaques Wagner manifestou confiança na construção, no Congresso, de um ambiente favorável à aprovação da CPMF e da reforma da Previdência. Lembrou que a mudança nas regras da aposentadoria não teria resultado ainda no governo Dilma Rousseff, porque o desequilíbrio entre número de jovens trabalhando e contribuindo para o sistema e o de aposentados acontecerá após o ano de 2022 ou 2023.
“Então essa não é uma bandeira do partido A, B ou C. Nem do governo A, B ou C. É uma bandeira de trabalhadores, do Estado brasileiro, assim como acontece no mundo inteiro, com o aumento da longevidade, dar sustentabilidade sem tirar direitos daqueles que já o adquiriram, como disse a presidenta”, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil.
Na mensagem, Dilma Rousseff afirma que o governo vai “dialogar”com a sociedade e o Congresso para apresentar uma proposta de reforma da Previdência “exequível e justa”. A presidenta afirmou que a proposta terá como premissa o respeito aos direitos adquiridos e levará em consideração a expectativa de direitos. Defendeu maior controle do gasto público e aumento da eficiência do governo, mas afirmou que o país não pode prescindir de medidas temporárias como a CPMF e a DRU.