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Mercadante pede diálogo e diz que democracia não pode ter intolerância como proposta
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, pediu diálogo e debate de propostas em torno das medidas fiscais do governo que ajudarão o País a retomar o crescimento. As afirmações foram feitas nesta segunda-feira (09), um dia após o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff no Dia Internacional da Mulher.
“A democracia não pode ter o protesto e a intolerância como proposta, tem que ter o diálogo, tem que ter a discussão, acalorada, tem que ter o confronto de caminhos, de propostas. Eu acho que isso vai enriquecer o Brasil, respeitando a mais ampla liberdade de manifestação, mas nós precisamos de um debate qualificado para enfrentar essa conjuntura e criar as bases para uma retomada forte do crescimento”, afirmou.
Na análise do ministro, o Brasil precisa do ajuste fiscal e de cultura de diálogo para construir uma agenda de convergência que superem dificuldades conjunturais rapidamente, assegurando estabilidade econômica e recuperação do crescimento. O ministro, lembrou que o governo foi exitoso no combate à crise internacional em 2009, a mais grave desde 1929, crescendo 17% – sendo mais bem sucedido que Estados Unidos, que cresceram menos de 8%, além de Europa e Japão que tiveram taxa negativa no período – mas que neste momento o País precisa do ajuste fiscal para voltar a crescer.
“Nós esgotamos os instrumentos que nós utilizamos, porque o ano passado nós tivemos que desonerar fortemente os impostos, foi estendida a quase todos os setores da economia e isso trouxe uma perda de receita da ordem de R$ 25 bilhões. Não temos um orçamento e estamos buscando austeridade fiscal para ajudar a reequilibrar as finanças públicas, manter a estabilidade e com isso mais rapidamente poder voltar a crescer, voltar a investir, voltar a ter boas parcerias público-privadas”, declarou.
Ele explicou também que pelo fato de a economia mundial não ter se recuperado, vários países, como a China e os EUA, estão saindo da política anticíclica. “O Brasil tem que sair, isso traz algum sacrifício”, disse. De acordo com ele, quanto mais rápido o ajuste fiscal for feito, melhor será para o País.
Grau de investimento
Aloizio Mercadante também explicou que as medidas para ajustar as contas do governo contribuirão para manter grau de investimento do Brasil. Ele informou que o tema foi discutido na semana anterior, em reunião com a agência de classificação de risco Standard & Poor’s.
“Nós precisamos fazer o ajuste fiscal para manter o grau de investimento e atrair esses investimentos, que é o que vai gerar emprego, aumentar a competitividade do País. Se a gente faz a lição de casa e mantém as contas públicas organizadas, nós teremos essa confiança necessária para atração de investimentos”, disse.
Fonte: Blog do Planalto