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Comércio Exterior
Brasil seguirá defendendo seus interesses comercias, afirma Mauro Vieira
“Brasil seguirá defendendo seus interesses em agricultura e também em bens industriais”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta terça-feira (3), ao detalhar, durante uma coletiva de imprensa, o andamento das negociações comerciais internacionais que envolvem o Brasil.
Durante a entrevista, Mauro Vieira afirmou que o Brasil, juntamente com a Organização Mundial do Comércio (OMC), tem buscado encontrar consensos em relação às negociações efetuadas em Bali.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto, e o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, também participaram do encontro com jornalistas.
Monteiro Neto disse que o Brasil continua buscando uma dinamização do relacionamento comercial entre nações. "Há sim uma agenda de facilitação do comércio no mundo", afirmou.
O ministro também salientou que o Brasil tem feito sua parte ao concluir a segunda etapa de implantação do Portal do Comércio Exterior. De acordo com ele, nessa fase, o sistema já recebe documentos digitalizados.
Monteiro Neto também ressaltou que o governo brasileiro tem buscado cada vez mais melhorar o uso da tecnologia da informação. Como exemplo, citou que o Portal do Comércio Exterior irá reduzir os tempos de importação, de 17 para 10 dias, e exportação, de 13 para 8 dias.
Ainda sobre o sistema de comércio, o ministro afirmou que essa inovação trará impactos positivos para o PIB e para a corrente de comércio brasileira.
Segundo ele, a importância do portal foi reconhecida no Fórum Econômico Mundial. Durante o encontro, complementou Monteiro Neto, o sistema comercial foi classificado como um programa de estado, que define garantias legais e tem um forte envolvimento do setor privado.
Por fim, Monteiro Neto reafirmou a importância do mercado consumidor dos EUA para o Brasil e disse manter "uma perspectiva muito positiva em relação ao mercado americano". Segundo o ministro, em 2014, os EUA foram o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados.
Ao tomar a palavra, Roberto Azevêdo, que está desde 2013 à frente da OMC, detalhou que em sua visita ao Brasil ele se reuniu com representantes governamentais e do setor privado.
Ao citar a rodada Doha, Azevêdo enalteceu o fato de que, ao contrário do esperado, não houve um aumento do protecionismo pelos Estados após a crise de 2008.
Entre as razões, segundo ele, estão monitoramento realizado pela OMC e sua capacidade de promover acordos. De acordo com ele, o êxito em Bali mostra como a OMC "pode entregar acordos multilaterais".
Ainda sobre a rodada Doha, o diretor-geral informou que os programas de trabalho sobre as negociações tem entrega prevista para julho deste ano.
Também ao citar a capacidade da OMC em prestar auxílio em negociações, o diretor-geral disse que, atualmente, existem disputas comerciais que somam US$ 1 trilhão e que, para melhorar o ambiente de negócios internacional, é necessário redinamizar as negociações.
Em relação ao acordo de facilitação de comércio, aprovado em Bali, Azevêdo solicitou que o governo brasileiro o ratifique o mais rápido possível. Por outro lado, o diretor-geral elogiou o fato que mesmo antes da ratificação, o País já estão implantado os dispositivos acordados.
Fonte: Portal Brasil