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Comércio exterior
Exportações são estratégicas para retomada do crescimento
Com a ideia de se ter “mais Brasil no mundo”, a presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (24) o Plano Nacional de Exportações. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, participou da solenidade no Palácio do Planalto. Trata-se de mais um passo para a retomada do crescimento da economia. No começo de junho, já havia sido lançada a nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL).
“A sétima economia mundial, que é a do Brasil, não pode aceitar o 25 o lugar no comercio internacional”, disse a presidenta. “Conquistar mercado no exterior é algo que tem sentido doméstico ao criar empregos, oportunidades, riqueza e renda par a os e mpreendedores brasileiros.”
A Plano Nacional de Exportações tem ci nco pilares e estabelece metas qualitativas. “Em parceria com empresas e sindicatos, estabelecemos uma série de propósitos como a diversificação da pauta com mais conteúdo tecnológico, mais destinos para exportações e ter empresas de todos os tamanhos e regiões do País”, afirmou Dilma.
O primeiro pilar são os acordos comerciais e de investimentos com outros países e blocos, como se fez com o México e a China recentemente, além das conversas em andamento com a União Europeia. O segundo foco é a definição de 32 mercados prioritários para promoção de produtos brasileiros.
“Há um PIB equivalente a 32 Brasis lá fora. O Brasil deve se integrar às regiões mais dinâmicas de comércio no mundo”, defendeu o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.
Segundo Monteiro, o terceiro ponto q ue o governo vai enfrentar é a simplificação de processos de comércio exterior, com menos burocracia para as empresas. Uma das propostas é a redução de 13 para 8 dias o prazo de liberação de uma exportação e de 17 para 10 dias nas importações.
O financiamento é o quarto pilar do Plano de Exportações. Monteiro anunciou que o governo vai aumentar em 30% os recursos usados para baixar custos de crédito das empres as (o chamado Proex Equalização). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai elevar, por exemplo, de US$ 2 bilhões para US$ 2,9 bilhões para operações de pós-embarque.
O quinto ponto será a simplificação de impostos para quem exporta no Brasil. Essa é uma das principais reivindicações dos empresários. “O Brasil não pode perder tempo nessa agenda de comercio exterior. Precisamos olhar a exportação como um canal permanente, e não como ação conjuntural”, acrescentou Monteiro.
Em seu discurso, a presidenta Dilma defendeu a exportação de serviços, com apoio do BNDES. Segundo ela, é um segmento amparado em bases legais desde a década de 1990. “O mundo inteiro cobiça esse tipo de exportação, sobretudo na área de enge nharia”, assinalou.
Setor privado
As medidas do Plano foram muito bem recebidas pelo setor privado. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, considerou que os cinco pilares estão articulados de forma coerente e devem trazer bons resultados. Para ele, um dos principais itens do Plano é a garantia de que haverá financiamento às exportações em qualquer situação
“O setor precisa de previsibilidade. É muito positiva por exemplo a questão do crédito, ainda mais nesse momento em que tivemos em maio o melhor desempenho das exportações nos últimos 18 meses”, disse o executivo da Anfavea.
Fonte: Portal Brasil