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Logística
Expansão ferroviária é estratégica para retomada do crescimento
A expansão da rede de transporte ferroviário no Brasil é fundamental para acelerar a retomada do crescimento econômico. Para reduzir os custos logísticos e acelerar o escoamento da produção agrícola no País e para o exterior, uma nova rodada de concessões ferroviárias vai atrair investimentos no valor histórico de R$ 86,4 bilhões. Somente o trecho brasileiro da ferrovia Bioceânica terá R$ cerca de R$ 40 bilhões em investimentos.
A ferrovia Norte-Sul foi dividida em dois lotes. Os trechos de Palmas (TO) a Anápolis (GO) e de Barcarena (MA) a Açailândia (PA) têm extensão total de 1,4 mil quilômetros e investimento estimado de R$ 7,8 bilhões.
Com a concessão, o governo espera concluir o trecho norte do corredor, com saídas pelos portos do Arco Norte. Já o trecho que liga Anápolis (GO), Estrela D’Oeste (SP) e Três Lagoas (MS) tem 895 quilômetros e investimento estimado de R$ 4,9 bilhões. O trecho sul do corredor faz interligação com o polo agroindustrial em Três Lagoas.
Para integrar o porto e os terminais privados do Rio de Janeiro e de Vitória (ES), o governo também irá conceder 572 quilômetros de ferrovias. Os investimentos, de acordo com estimativas dos governos estaduais, é de R$ 7,8 bilhões. Do mesmo modo, a concessão do trecho que liga Lucas do Rio Verde (MT) a Miritituba (PA) irá melhorar o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso pela hidrovia do Tapajós. São 1,1 mil quilômetros e investimentos de R$ 9,9 bilhões.
Já os novos investimentos em concessões existentes somam R$ 16 bilhões. Entre 2011 e 2014, foram construídos 1.088 quilômetros de ferrovias. Entre os projetos em negociação em concessões existentes estão a ampliação da capacidade de tráfego, a construção de novos pátios, a redução de interferências urbanas, duplicações, a construção de novos ramais, aquisição de novos equipamentos de via e sinalização e a ampliação da frota. Atualmente, estão em fase de estudo projetos que correspondem a seis mil quilômetros ferroviários.
Aperfeiçoamento do modelo
O governo federal trabalhou no aperfeiçoamento do modelo de concessões ferroviárias. Na segunda fase, a escolha do modelo será feita de acordo com as características de cada ferrovia. Poderá ser adotada a concessão por outorga ou compartilhamento de investimento. Em todos os casos, deverá ser garantido o acesso a terceiros, com direito de passagem e tráfego mútuo.
Ferrovia Bioceânica
Em maio, a presidenta Dilma Rousseff assinou o Memorando de Entendimento Brasil-China-Peru para iniciar os estudos de viabilidade para a Ferrovia Transcontinental, que vai cruzar o continente sul americano, ligando o oceano Atlântico ao Pacífico. O trecho brasileiro da chamada Ferrovia Bioceânica tem extensão de 3,5 mil quilômetros e prevê investimentos de R$ 40 bilhões. A rota é considerada estratégica para o escoamento da produção, via Pacífico, para os mercados asiáticos.
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