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Economia e emprego
Economia brasileira gera 5,2 milhões de empregos formais em 4 anos, revela Caged
O Brasil atingiu a marca de 5.277.071 novos empregos com carteira assinada, gerados entre 2009-2014. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (23), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O crescimento, tomando como base os dados do Caged e da Rais, foi de 11,97% no período.
“O Brasil vive o pleno emprego, com regiões onde a taxa de desemprego está abaixo dos 3%, caso do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Em 2015, como os prognósticos da economia são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos”, destacou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ao comentar os números.
No ano de 2014, o aumento no número de vagas formais foi de quase 1%, com o acréscimo de 396.993 mil novos trabalhadores empregados. Até 2013, o País tinha 41,053 milhões de trabalhadores empregados, segundo os critérios do Caged.
Brasil gerou 10, 5 milhões de empregos durante a crise
O ministro lembrou que a crise internacional continua e que muitos países ainda não recuperaram o nível de emprego de 2008, diferente do que ocorreu com o Brasil. “Nesse mesmo período, de 2008 até agora, o Brasil gerou mais de 10,5 milhões de postos de trabalho”, acrescentou.
Incertezas afetaram resultados de 2014
O ministro lembrou que foram lançadas muitas incertezas sob o ano de 2014, que se refletiram nos resultados de dezembro, que tradicionalmente é o pior mês em termos de geração de empregos. O saldo foi de 555 mil vagas a menos no último mês do ano, o que evitou que o resultado positivo do ano fosse maior.
No mês os setores com pior desempenho foram a indústria, com 171 mil postos a menos, a construção civil, com 132 mil postos a menos e o serviços, com 148 mil postos a menos. O maior volume de demissões ocorreu em São Paulo, seguido de Minas Gerais e do Paraná. O resultado ainda tem forte impacto de questões sazonais, como por exemplo, a conclusão de obras na construção civil.
Mulheres têm maior aumento do salário inicial
O balanço de 2014 também mostrou que o salário de admissão teve aumento real na casa de 0,92%, se levado em consideração os valores médios e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As mulheres tiveram o melhor reajuste, na casa de 1,39% contra 0,84% dos homens, o que representa um avanço já que, em geral, o mercado de trabalho ainda discrimina as mulheres com salários menores que o dos homes. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo IBGE em 13 de setembro de 2014, as mulheres tinham recebido, em média, 73,7% do salário dos homens no ano anterior.
Manoel Dias disse ter ficado satisfeito com o aumento real dos salários, que é um compromisso do governo. Mais ainda com a redução da desigualdade entre homens e mulheres.
O valor médio do salário feminino em relação ao salário masculino passou de 85,72% para 86,19%. O salário médio de entrada da mulher ficou em R$ 1075,52. O do homem chegou a R$ 1247,89. O salário médio ficou em R$ 1181,56.
Estados
Em 2014, os estados que mais geraram empregos foram Santa Catarina, com 53.887 (+2,72%) novas vagas, Rio de Janeiro, com 53.586 postos (+1,39%) e Ceará, com 47.372 (+3,98%) empregos.
Entre as regiões, o Sudeste teve o melhor desempenho, com 121.689 vagas (+0,56%), seguido do Sul, com 118.795 vagas (+1,62%) e do Nordeste com 99.522 novos empregos (+1,51%). No Centro Oeste o saldo foi positivo em 39.335 postos (+1,25%) e no norte em 17.652 postos (+0,39%).
Variação estoque RAIS | Saldo CAGED | ||||
Com ajustes | |||||
2011 | 2012 | 2013 | 2014 | Variação 2011-2014 | |
Brasil | 2.242.276 | 1.148.081 | 1.489.721 | 396.993 | 5.277.071 |
Norte | 154.566 | 59.437 | 121.063 | 17.652 | 352.718 |
Rondônia | 18.170 | 12.682 | 2.503 | -1.853 | 31.502 |
Acre | 134 | 3.908 | 4.003 | 1.060 | 9.105 |
Amazonas | 22.171 | 18.467 | 28.034 | -6.027 | 62.645 |
Roraima | 13.403 | 1.789 | -1.620 | 2.054 | 15.626 |
Pará | 85.854 | 15.255 | 73.192 | 17.016 | 191.317 |
Amapá | 11.020 | 3.745 | 3.775 | -1.914 | 16.626 |
Tocantins | 3.814 | 3.591 | 11.176 | 7.316 | 25.897 |
Nordeste | 470.241 | 132.476 | 313.154 | 99.522 | 1.015.393 |
Maranhão | 38.649 | 21.074 | 25.142 | 871 | 85.736 |
Piauí | 15.900 | 25.017 | 25.741 | 11.001 | 77.659 |
Ceará | 81.114 | 16.742 | 72.275 | 47.372 | 217.503 |
Rio Grande do Norte | 17.418 | 9.782 | 15.419 | 10.161 | 52.780 |
Paraíba | 35.309 | 13.234 | 31.195 | 16.326 | 96.064 |
Pernambuco | 112.301 | 45.720 | 63.835 | -13.793 | 208.063 |
Alagoas | 26.906 | 7.234 | 3.993 | -3.337 | 34.796 |
Sergipe | 16.258 | 2.670 | 17.268 | 8.913 | 45.109 |
Bahia | 126.386 | -8.997 | 58.286 | 22.008 | 197.683 |
Sudeste | 1.053.878 | 584.931 | 523.193 | 121.689 | 2.283.691 |
Minas Gerais | 204.085 | 77.249 | 128.855 | 15.437 | 425.626 |
Espírito Santo | 41.649 | 24.266 | 28.455 | 10.113 | 104.483 |
Rio de Janeiro | 268.970 | 112.654 | 125.084 | 53.586 | 560.294 |
São Paulo | 539.174 | 370.762 | 240.799 | 42.553 | 1.193.288 |
Sul | 344.912 | 227.255 | 285.604 | 118.795 | 976.566 |
Paraná | 136.562 | 113.388 | 87.719 | 41.012 | 378.681 |
Santa Catarina | 91.923 | 41.425 | 107.925 | 53.887 | 295.160 |
Rio Grande do Sul | 116.427 | 72.442 | 89.960 | 23.896 | 302.725 |
Centro-Oeste | 218.679 | 143.982 | 246.707 | 39.335 | 648.703 |
Mato Grosso do Sul | 37.179 | 19.225 | 18.432 | 2.128 | 76.964 |
Mato Grosso | 52.835 | 35.181 | 48.310 | 3.269 | 139.595 |
Goiás | 71.589 | 64.835 | 59.330 | 25.333 | 221.087 |
Distrito Federal | 57.076 | 24.741 | 120.635 | 8.605 | 211.057 |
Fonte: Portal Brasil