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Frente Brasil Popular apóia Dilma contra o impeachment
Foto: Eduardo Aiache/ Casa Civil PR
Em reunião no palácio do Planalto, 66 representantes da Frente Brasil Popular manifestaram-se contra o processo de impeachment aberto contra a presidenta Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. O encontro foi realizado no segundo andar do Planalto, com a participação da presidente Dilma e de ministros de estado, Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoíni ( Articulação Política), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campelo (Desenvolvimento Social). Wagner destacou a importância da reunião para o fortalecimento da defesa da presidente Dilma, da preservação da democracia e das conquistas sociais. “São posições que ganham força quando são manifestadas pelos movimentos sociais”, afirmou o ministro.
Participaram 66 entidades, além de artistas, escritores, intelectuais, religiosos, parlamentares, e representantes dos movimentos LBTG, indígenas, sindicais, quilombolas, mulheres, juventude, com manifestos em defesa da democracia, mudanças na política econômica e preservação das conquistas sociais já obtidas pela sociedade. Destacaram-se o economista Márcio Pochmann, Leonardo Boff, o cineasta e produtor Luiz Carlos Barreto, o cantor Chico César. No “day after” das manifestações pró-Dilma com a participação de 55 mil populares, os representantes da Frente Brasil Popular manifestaram que não existe embasamento jurídico no pedido de impeachment. Apesar do apoio contra o impeachment, parte do grupo fez críticas à política econômica solicitando uma nova plataforma política mínima de reformas.
"A superação da crise política é importante para que o país volte a crescer, e tenhamos desenvolvimento econômico”, disse o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, após a reunião em entrevista coletiva.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile afirmou que o encontro teve o objetivo de mostrar a posição de 66 movimentos sociais. "Viemos trazer para a presidente a posição que os movimentos manifestaram de maneira massiva ontem em dezenas de cidades. Somos contra o golpe que está em curso na Câmara dos Deputados. Somos a favor da democracia", enfatizou Stédile, ao destacar que existe uma enorme preocupação com o processo de crise econômica e politica. Mas é preciso união para lutar pelas reformas política, a agrária, e urbana.
Também compareceu à entrevista coletiva, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Costa. Segundo ela, as ruas é que vão ser decisivas para barrar o que ela chamou de “golpe à democracia”. "O impeachment sem base legal se configura num golpe à democracia. Confiamos que vamos derrubar isso”, concluiu.
Fonte: Casa Civil PR