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Mais Médicos leva saúde para 63 milhões de pessoas no Brasil
“Tantas conquistas são motivos de comemoração, mas são frutos de nossa ação conjunta entre os vários níveis da federação, estados e municípios, frutos da cooperação entre o MEC e o Ministério da Saúde que sentaram juntos para encontrar a solução para um problema fundamental e fortalecer o SUS”, disse a presidenta Dilma Roussef durante cerimônia de comemoração de dois anos do Mais Médicos, realizada nesta terça-feira (4), no Palácio do Planalto. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, participou da cerimônia. Durante o evento, foi assinado decreto para a criação do cadastro Nacional de Especialidades, abertura de 3 mil novas vagas de residências e lançamento da plataforma do Programa Mais Médicos (www.maismedicos.gov.br).
Criado para enfrentar o problema histórico da falta de médicos no Brasil e principalmente nas regiões mais carentes, o programa atualmente garante assistência à saúde de 63 milhões de pessoas. “Hoje, dois anos depois de um lançamento ousado, profundamente necessário, que marcou a saúde pública brasileira, um ato de coragem da presidenta Dilma, temos 18.240 médicos atuando em 4.058 municípios brasileiros. Pela primeira vez na história oficial do País, todos os distritos indígenas contam com um médico”, destacou o ministro a Saúde, Arthur Chioro.
O prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), Maguito Vilela, lembrou que a criação do programa partiu da reivindicação dos municípios de todo o País e reconheceu o empenho da presidenta em enfrentar as críticas e manter o programa num momento em que era tão questionado.
Impactos
Os médicos do programa atuam em postos de saúde e nas equipes de saúde da família na chamada Atenção Básica. De acordo com o ministério, a Atenção Básica é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde da população sem necessidade de encaminhamento a hospitais. Dados da Rede Observatório do Programa Mais Médicos (14 instituições, incluindo 11 universidades) mostram que houve aumento de 33% no número de consultas realizadas nos municípios que participam do Mais Médicos, contra apenas 15% observado em cidades que não aderiram à ação.
Nos municípios do Programa, entre 2013 e 2014, o número de internações caiu 4% a mais que nas demais cidades. Esse índice chegou a 8,9% nas cidades em que o Saúde da Família, com Mais Médicos, cobre mais de 36% da população. A expectativa é de que, em 2015, mais de 91 mil brasileiros deixem de ser internados.
Interiorização dos cursos
O ministro da Educação, Renato Janine, ressaltou que o programa tem um caráter permanente relacionado à formação médica e a introdução de cursos de Medicina no interior do País. O MEC está ampliando a oferta de vagas de graduação em Medicina e universalizar a residência médica, que vai garantir, gradualmente, cada vez mais médicos e especialistas.
A estudante de Medicina da cidade de Caicó no interior do Rio Grande do Norte, Ana Luíza Lima, é testemunha de que o governo está conseguindo levar Cursos de Medicina para fora dos grandes centros. "No Brasil de hoje, a neta de um agricultor do interior do Nordeste ou de qualquer região do País já pode sonhar em ser doutora. Coragem, presidenta Dilma. Estamos certos de que nada nos impedirá de sonhar".
O governo federal quer criar até 2017, 11,5 mil novas vagas de graduação em Medicina e 12,4 mil de residência médica até 2018. Em julho foram autorizadas 2.290 vagas em cursos de Medicina chegando a um total de 7.596 novas vagas – sendo 1.690 em universidades federais (23 novos cursos) e 5.627 em instituições privadas. A meta do Ministério da Saúde é atingir em 2026 o índice de 2,7 médicos por mil habitantes, o mesmo número do Reino Unido que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal.
Para melhorar a infraestrutura dos postos de saúde, o governo federal, em parceria com estados e municípios, está investindo R$ 5,6 bilhões na construção, reforma e ampliação de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). Sendo que 11.959 já foram concluídas, 11.127 estão em obras e 1.540 estão em ação preparatória.
Fontes:
Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde .