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PNAD 2013
Pesquisa retrata mercado de trabalho e condições de vida no país
A qualidade de vida dos 201,5 milhões de brasileiros avançou em quase todos os setores, entre 2012 e 2013, em todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na área de saneamento, por exemplo, onde o País patinou durante décadas por falta de investimento, o total de domicílios com coleta de esgoto e fossa séptica chegou a 41,9 milhões no ano passado, aumentando de 63,3% para 64,3%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (18),
Foram registrados avanços nesta área em todas as regiões, sendo os mais significativos no Sul (8,4 %), Norte (8,3 %) e Centro-Oeste (7,1 %). No caso da coleta de lixo, as residências atendidas aumentaram 3,2 % em 2013, em comparação ao ano anterior, passando de 56,6 milhões para 58,4 milhões e totalizando 89,8% de habitações. Em 2012, esse índice era de 88,8%.
A maior expansão foi observada no Nordeste (5,1 %). Vale lembrar que o saneamento básico tem impacto direto na saúde da população e está entre os principais indicadores da qualidade de vida de uma nação, ao lado da educação.
Analfabetismo
A taxa de analfabetismo voltou a cair em 2013. Em apenas um ano, 297,7 mil pessoas com idade acima de 15 anos se alfabetizaram, reduzindo o nível de analfabetismo do país de 8,7% para 8,3%. A redução foi observada em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde a taxa diminuiu de 17,4% em 2012 para 16,6% em 2013.
Na comparação entre 2012 e 2013, houve redução de 33,5% para 31,2% da proporção de pessoas com ensino fundamental incompleto e aumento de 9,8% para 10,0% da proporção daquelas com ensino fundamental completo.
Aumentou também o número de pessoas de 25 anos ou mais de idade com ensino médio completo (de 25,2% para 25,9%). O peso daquelas que completaram o ensino superior, que inclui também mestrado e doutorado, se elevou em 0,9 ponto percentual no período.
Dentre as Grandes Regiões, a Região Norte era a que possuía a maior proporção de estudantes na rede pública de ensino, em todos os níveis, exceto no nível superior, em que se iguala com a Região Nordeste (33,5%). A Região Sudeste, por sua vez, tinha a menor proporção de estudantes na rede pública para os ensinos fundamental (84,2%), médio (84,4%) e superior (19,3%).
Em 2013, 98,4% das crianças de 6 a 14 anos estavam na escola. Eram 98,2% no ano anterior e 97% em 2007. Na faixa de 15 a 17 anos, eram 82,1% em 2007, 84,2% em 2012 e 84,3% em 2013.
Bens duráveis
O aumento da renda fez crescer o acesso da população aos chamados bens duráveis, que são mais caros e demoram mais a serem trocados, como geladeira, televisão e automóvel, entre outros.
De acordo com a Pnad, cerca de 58,3% residências do País tinham máquina de lavar em 2013, avanço de 7,8% em relação a 2012. A televisão estava em 97,2% dos domicílios, e a geladeira, em 97,3%.
O total de domicílios com computadores também subiu, passando de 46,4% para 49,5%, de 2012 para 2013. No Nordeste, o aumento foi de 14%. Dos 32,2 milhões de domicílios brasileiros com computadores em 2013, 28% tinham acesso à internet.
Aumento da telefonia
O avanço da telefonia celular digital também avançou no período analisado pela pesquisa. Do total de domicílios, 53,1% tinham celular em 2013, acima da taxa de 51,4% de 2012.
Por outro lado, caiu 5,6% em 2013 o número de domicílios com apenas telefonia fixa. Ou seja, apenas 1,8 milhão dos 61,5 milhão de domicílios, ou 2,7% do total, tinham apenas telefone fixo.
Inclusão digital
Com o aumento do acesso aos bens duráveis, inclusive ao computador, e da telefonia, aumentou o número de brasileiros conectados à internet. Pela primeira vez, mais da metade da população brasileira passou a ter acesso à rede. Em 2013, 50,1% da população tinha se conectado à internet alguma vez, em casa ou em outro local, ante 49,2%, em 2012.
Em 2001, esse percentual era de apenas 12,6% .As residências moradias com computador conectado à internet aumentaram de 8,5% para 43,7%, no mesmo período.
Trabalho infantil
A Pnad mostrou uma queda de 12,3% no número de trabalhadores entre 5 e 17 anos de idade entre 2012 e 2013. Em termos percentuais, a maior queda ocorreu entre pessoas de 5 a 9 anos de idade, faixa da qual 24 mil crianças deixaram de trabalhar.
A maior queda de contingente, contudo, ocorreu no grupo de 14 a 17 anos, cerca de 362 mil pessoas, sendo 225 mil delas nas regiões Nordeste e Sudeste.
Rendimento médio mensal real cresce 5,7% em 2013
O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais ocupadas com rendimento em 2013 foi de R$ 1.681, valor 5,7% superior ao de 2012 (R$ 1.590). A região Sul foi a que apresentou o maior incremento, 8,1% (de R$ 1.731 para R$ 1.872), e a região Centro-Oeste, com o maior valor médio (de R$ 1.906 para R$ 1.992), apresentou a menor variação (4,5%).
A região Nordeste mostrou um crescimento de 5,7%, mas possui o menor rendimento médio (de R$ 1.086 para R$ 1.148). Três unidades da federação apresentaram redução nesse tipo de rendimento: Acre (de R$ 1.342 para R$ 1.302), Amapá (de R$ 1.632 para R$ 1.616) e Espírito Santo (de R$1.577 para R$ 1.557).
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE