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Cúpula do Clima
Brasil comemora resultados do combate ao aquecimento global
Os impactos do aquecimento global e medidas de engajamento da sociedade estão no centro da Cúpula de Clima, que ocorre nesta terça-feira (23), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A presidenta Dilma Rousseff e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, representam o Brasil na reunião e destacam a liderança brasileira no combate ao desmatamento e às emissões associadas de gases de efeito estufa. Ao todo, chefes de Estado e representantes de 125 países participam do encontro.
O Brasil ocupa papel de destaque na cúpula, por conta das políticas e ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima adotadas em território nacional.
Segundo a ministra Izabella Teixeira, o País já atingiu 79% da meta voluntária de redução de emissões de gases de efeito estufa até 2020. “O Brasil tem muito que mostrar”, afirmou, em entrevista à TV NBR. “A ONU reconhece que temos as maiores contribuições no enfrentamento às mudanças do clima no mundo.”
Mobilização
Convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a cúpula é uma tentativa de mobilizar governos, setor privado e terceiro setor no combate aos prejuízos causados pelas mudanças do clima. No último fim de semana, milhares de pessoas ao redor do mundo se reuniram em grandes cidades, entre elas Rio de Janeiro, Bogotá e Nova York, como forma de manifestação e chamamento da comunidade internacional para enfrentar a questão.
Os resultados no combate ao desmatamento da maior floresta tropical do planeta também projetam o país no cenário internacional. Em 2012, o Brasil registrou a menor taxa de desmatamento da região, equivalente a 4.571 km², o que representa queda de 84% no comparativo com 2004, ano de implantação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).
Inclusão social
As ações ambientais brasileiras estão associadas, ainda, a medidas de atenção a populações vulneráveis, um dos temas de maior relevância perante a comunidade global e a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. “O que está sendo praticado é o desenvolvimento com inclusão social, erradicação da pobreza e geração de emprego”, destacou Izabella.
Os esforços brasileiros se refletem em outras áreas do mundo. “Essas experiências já estão sendo replicadas em outros países”, salientou a ministra, em referência às cooperações firmadas pelo Brasil com as demais nações detentoras de áreas da Floresta Amazônica e da região do Congo, na África. “Com isso, estamos conservando as duas maiores bacias de Florestas Tropicais do planeta”, acrescentou.
Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas, o que acarreta mudanças do clima. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de diversas atividades humanas, entre elas o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.