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Competitividade
Grupos temáticos discutem propostas para a indústria
Teve início, em 19 de novembro, os trabalhos dos grupos constituídos, sob a coordenação da Casa Civil, para discutir as propostas da indústria para a competitividade do setor. A cerimônia, conduzida pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, contou com a participação dos presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade e da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Jorge Gerdau, além dos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges.
Integrados por representantes de 11 ministérios e de empresários do setor produtivo, os grupos trabalharão em propostas de fomento à indústria nacional. A partir das medidas apresentadas pela CNI, foram definidos os setores prioritários, sendo eles: infraestrutura, contemplando rodovias, ferrovias, portos, mobilidade e energia; desburocratização; comércio exterior; compras governamentais e inovação. O resultado das discussões deverá ser submetido à avaliação da presidenta da República, Dilma Rousseff, na primeira quinzena de dezembro.
O ministro Aloizio Mercadante salientou o contexto mundial em que está inserido o país e os desafios colocados para o setor. “Temos um cenário que exigirá, cada vez mais, esforço de competitividade sistêmica da indústria brasileira. Essa crise internacional exige atitudes rápidas e focadas para reduzir custos, aumentar competitividade e enfrentar todos os gargalos que a indústria e a economia brasileira ainda têm”, afirmou.
Ao falar sobre os investimentos em infraestrutura, Mercadante afirmou que o governo buscará mais parcerias público-privadas para alavancar o crescimento do País nos próximos anos. “Precisamos avançar com as PPPs e ver qual a melhor forma de atrair investimento privado”. O ministro também destacou o principal objetivo do governo a partir da iniciativa. “É propor um grande pacto para a competitividade no Brasil. Com objetivos, metas, estratégias e prazos”.
Durante sua fala inicial, Jorge Gerdau destacou as implicações do ambiente externo em que a economia brasileira está inserida. “Estamos vivendo um momento em que precisamos, no contexto do cenário mundial, e consequentemente do cenário brasileiro, trabalhar fortemente nossa competitividade. Não podemos ter qualquer item em que não busquemos isonomia de competitividade”.
A condução dos trabalhos pela Casa Civil também foi destacado pelo executivo. “O trabalho que está sendo proposto, de um lado mobilizar a experiência e as necessidades do setor produtivo e de outro a coordenação por parte dos ministérios, é extremamente oportuno”, comemorou.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, chamou atenção para a importância do momento dedicado à formulação de propostas. “Tenho certeza que a indústria brasileira, a partir desse trabalho que iniciamos hoje, terá no futuro um caminho diferente daquele que temos trilhado nesses dois últimos anos, principalmente nesse último. Certamente vamos começar um novo ano, com novas propostas, novas medidas e com condições de mudar o perfil da indústria brasileira”.
Andrade detalhou o processo conduzido pela CNI que resultou nas 42 propostas apresentadas à presidenta Dilma durante a campanha presidencial, ocasião em que foi firmado o compromisso com o empresariado.
“Essas propostas foram trabalhadas pela CNI durante dois anos, quando envolvemos as 27 federações de indústria, 64 associações de classe e setoriais, mais de 50 representantes do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) e, além disso, tivemos consultas a 500 empresários do país, de pequeno, médio e grande porte. É uma proposta bastante discutida e ampla”, explicou.
De acordo com o presidente, o documento formulado pela Confederação contou, ainda, com a participação de especialistas de diferentes setores e de diferentes países, sendo incorporadas aquelas que foram consideradas viáveis para o caso brasileiro.
Durante toda a manhã e tarde desta quarta-feira, 19, os grupos estarão reunidos para debater as iniciativas propostas.
Fonte: Casa Civil