Notícias
Plano Safra eleva recursos em 14,7% e totalizará R$ 156,1 bilhões em créditos
Publicado em
19/05/2014 12h52
Atualizado em
29/10/2014 11h15
Brasília, 19/05/2014 - O governo federal anunciou nesta segunda-feira (19) o Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015. O lançamento foi no Palácio do Planalto, em cerimônia que contou com as presenças da presidenta da República, Dilma Rousseff, dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Neri Geller (O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), entre outras autoridades.
Estão previstos R$ 156,1 bilhões em recursos, sendo R$ 112 bilhões para financiamentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões para os programas de investimento. O valor representa alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões do plano anterior.
“Os números mostram que oferecer políticas adequadas, construídas a partir do diálogo, que é fundamental, escutar o que os produtores acham que deve ser feito é algo essencial para que nós saibamos como facilitar e não criar barreiras para o setor. Valorizar o esforço e o trabalho do setor, e não impedir que ele ocorra. Valorizar a dedicação de brasileiras e de brasileiros que produzem a riqueza de nosso País", avaliou a presidenta Dilma.
O limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1 milhão para R$ 1,1 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comercialização passou de R$ 2 milhões para R$ 2,2 milhões.
A presidenta também reforçou os resultados obtidos pelo agronegócio nos últimos anos e reforçou sua confiança e seu apoio aos produtores rurais. “Segundo o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], o Brasil deve colher 191,2 mi de toneladas de grãos na safra que está a acabar. Isso significa que é 1,6% a mais do que foi na safra anterior. Isso porque tivemos contratempos climáticos em importantes áreas agrícolas do País, e mesmo com os contratempos a produção cresceu”, disse a presidenta.
Dos recursos disponibilizados nesta edição do Plano Safra, R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos cobrados no mercado, um crescimento de 14,7% em relação aos R$ 115,6 bilhões previstos na temporada anterior. As taxas de juros anuais mais baixas estão nas modalidades voltadas para armazenagem, irrigação e inovação tecnológica, de 4% (5% no crédito de armazenagem para cerealistas); práticas sustentáveis, juros de 5%; médios produtores, de 5,5%; e máquinas e equipamentos agrícolas, de 4,5% a 6%.
Além do aumento dos totais de incentivo, a presidenta citou os inúmeros programas de fomento ao produtor; entre eles, o Moderfrota, o PSI rural e o Inovar agro; e ressaltou que “não haverá hipótese” em que o governo federal não assegure a sustentação desses programas.
“Somando recursos do Moderfrota ao do PSI rural, chegamos a R$ 9 bilhões de reais, e os juros desses R$ 9 bilhões de reais, na grande maioria dos casos, ficará em 4,5%. Também mantivemos o Inova Agro, e sem dúvida nenhuma, o programa de construção e ampliação de armazéns, no montante de R$ 5 bilhões, e na safra, sempre R$ 5 bilhões por ano”, disse Dilma.
Dilma ainda reforçou o apoio do governo federal à produção sustentável. Segundo ela, o apoio a sustentabilidade da nossa agricultura e pecuária continuará sendo um compromisso central do governo. “Por isso, mantivemos, mesmo com o aumento da Selic, as taxas de juros do programa ABC [Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura], agricultura de baixo carbono, e aumentamos também o limite de crédito de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões”, complementou.
Safra 2013/2014
De acordo com balanço divulgado pelo ministro Neri Geller, o Brasil é líder na produção de cana de açúcar (US$ 11 bilhões e exportado a 132 países), café (US$ 5,3 bilhões e exportado a 129 países) e suco de laranja (US$ 2,3bilhões e exportado a 154 países).
Além disso, o ministro exaltou o crescimento no total da produção agrícola entre os anos de 2001 e 2014. Em 2002, foram produzidas 96 bilhões de toneladas; na última safra, foi obtido um total de 191,2 milhões de toneladas.
Geller ainda mencionou que a expectativa para a próxima safra é de 200 milhões de toneladas e ressaltou os índices de crescimento da área plantada no país (43%), da bovinocultura (19%) e da suinocultura (24%).
Na safra 2013/14, o Pronamp disponibilizou R$ 13,2 bilhões para custeio, comercialização e investimento. O valor foi 18,4% superior aos R$ 11,15 bilhões previstos na safra 2012/13. Os limites de empréstimo para custeio passaram de R$ 500 mil para R$ 600 mil, enquanto os de investimento subiram de R$ 300 mil para R$ 350 mil.
(Fonte: Portal Brasil)