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Mistura de biodiesel no diesel sobe para 6% em julho e 7% em novembro
Publicado em
28/05/2014 12h13
Atualizado em
29/10/2014 11h15
Brasília, 28/05/2014 – O governo federal anunciou nesta quarta-feira (28) a ampliação de 6% e 7% no total da adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel. A alteração foi detalhada durante cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com as presenças da presidenta da República, Dilma Rousseff e dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edson Lobão (Minas e Energia), entre outras autoridades.
As alterações serão realizadas em duas fases. Na primeira, em 1º de julho, começa a ser utilizado o total de 6% de biodiesel. Na segunda fase, em 1º de novembro, será realizada a adição de 7%. De acordo com o ministro Lobão, com essas mudanças o Brasil deixa de importar 1,2 bi de litros de óleo diesel.
A presidenta Dilma abordou a história do programa de fomento à produção do biodiesel e ressaltou o rápido desenvolvimento do setor de biodiesel no Brasil. Também exaltou o fato de o Brasil estar entre as maiores potências dos combustíveis renováveis. “Saímos de uma posição de não existência para o 4º lugar, já é 3º lugar, indo para 2º”, afirmou.
Em seus discursos, Edson Lobão e Dilma Rousseff citaram a participação e o desenvolvimento da agricultura familiar paralelamente à cadeia do biodiesel. Segundo o ministro, após a criação do programa, em 2003, foi formada uma rede de fomento e desenvolvimento que auxiliou inúmeros pequenos produtores. Dilma afirmou que “hoje temos 83 mil agricultores e 77 cooperativas” participando da produção de insumos para o biodiesel.
Ao comentar sobre um possível impacto negativo da medida nos índices de inflação, Dilma foi taxativa ao afirmar que tudo foi planejado e que não há risco desse tipo de acontecimento. “Nós não podemos, de maneira alguma, desconhecer que cada vez que a gente introduz combustível na matriz, temos de avaliar o efeito sobre os preços, inflação, porque senão seríamos inconsequentes”, disse.
“Temos certeza que nessa conjuntura presente, a situação que estamos vivendo, não há impacto insignificativo nos preços. O impacto é remanescente, residual, e isto também mostra que pelo lado do uso do biodiesel, não estamos onerando o conjunto da população brasileira, o que é relevante”, complementou a presidente.
Sobre a sustentabilidade do produto, Dilma elogiou os prognósticos de redução de gás carbônico (CO²). “Vejo como sendo estratégico para o País essa redução das emissões de CO2 em 23 milhões de toneladas até 2020. Isso que obteremos ao mudar para B6 e depois para B7”, disse.
(Fonte: Portal Brasil)